Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 14 de maio de 2017
Três parlamentares gaúchos com foro privilegiado, juntamente com dois executivos da estatal Trensurb, serão investigados pelo núcleo da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros da PF (Polícia Federal) do Rio Grande do Sul. O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou a operação que prevê a intimação do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), dos deputados federais Marco Maia (PT), Maria do Rosário (PT), Onyx Lorenzoni (DEM) e Yeda Crusius (PSDB) e de Humberto Kasper e Marco Arildo Prates da Cunha, ambos ex-presidentes da Trensurb.
A medida servirá para reduzir a sobrecarga dos policiais federais de Brasília, envolvidos com cerca de cem inquéritos de pessoas com foro privilegiado.
Sobre Padilha, Maia e os ex-dirigentes da Trensurb recai a suspeita de desvios na obra de extensão da linha do trem entre São Leopoldo e Novo Hamburgo. Kasper e Marco Arildo não têm foro privilegiado, mas permanecem no âmbito do Supremo porque serão investigados no mesmo procedimento de dois políticos com esse direito.
A ex-governadora Yeda Crusius é alvo de suposto recebimento de R$ 1,75 milhão da Odebrecht para facilitar a recuperação de créditos de ICMS à Braskem, empresa controlada pela empreiteira. Rosário e Onyx Lorenzoni são suspeitos de falsidade ideológica eleitoral por movimentar recursos via caixa 2. Todos negam as acusações, feitas por delatores da Odebrecht.