O presidente da Farsul (Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul) Gedeão Pereira, disse ontem que a entidade reconhece a importância social e econômica da produção do tabaco no estado e no Brasil e que continuará defendendo as pausas do setor. Ele foi um dos painelistas no Fórum Tabaco – Desafios e oportunidades no Brasil, organizado pela Associação Brasileira da Indústria do Fumo (Abifumo) que reuniu lideranças do setor, deputados federais e estaduais na Casa da Rede Pampa na Expointer. Gedeão Pereira, após participar do evento, conversou com o colunista sobre a expectativa dos produtores gaúchos em relação a medidas de apoio do governo federal após os prejuízos acumulados por repetidas estiagens, agravados com as duas enchentes. Para o presidente da Farsul, “as medidas – do Governo Federal – vieram em uma dimensão muito pequena, muito burocratizada, de difícil acesso, e não estão na pratica resolvendo os problemas nem dos pequenos, nem dos médios nem dos grandes produtores. Então, precisamos medidas mais efetivas.”
Presidente da Farsul: “Medidas não atendem minimamente os produtores rurais no Rio Grande do Sul”
Segundo Gedeão Pereira, para atender as demandas dos produtores gaúchos, “o governo, de alguma forma terá de botar ainda mais a mão no bolso para proteger o Rio Grande, e ele poderia fazer isso, porque está protegido pelo DL36, que é um decreto legislativo votado pelo Congresso, que permite que o governo utilize recursos para o Rio Grande do Sul, que vive uma situação absolutamente anormal, tirando esses recursos do arcabouço fiscal”, sem correr o risco de responsabilidade fiscal.
“Então, é uma questão mais de vontade política que estamos vendo, em que o governo federal poderia atuar mais incisivamente. Reconhecemos que cada recurso colocado poderia ter efeito inflacionário, disso nós não temos nenhuma dúvida. Mas lembro que, na pandemia foram utilizados bilhões e trilhões de reais, e não criou grandes problemas na economia brasileira. Este governo já gastou mais do que se gastou lá atrás durante a pandemia. Eles já gastaram 1 trilhão, 180 bilhões de reais num ano. É um numero estapafúrdio. E não olhar para o Rio Grande do Sul, e colocar mais 15 ou 20 bilhões, que é o nosso pedido, então realmente eles não chegaram ainda a atender minimamente os produtores rurais aqui no Rio Grande do Sul”, afirmou.
Governo Lula corta 25,9 bilhões do INSS, benefícios, Proagro e Bolsa Família
Governo prevê corte de R$ 25,9 bilhões em 2025, atingindo principalmente o INSS, o BPC (Beneficio de Prestação Continuada), o Proagro, Seguro Defeso dos pescadores, cortes de benefícios por incapacidade e o Bolsa Família. A informação foi divulgada ontem pelo o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan.
Alexandre de Moraes pauta a Folha de S.Paulo e proíbe entrevista de Filipe Martins
O leitor poderia imaginar que se trata de uma grosseira fake news. Mas lamentavelmente é verdade: o incontrolável ministro do STF Alexandre de Moraes ultrapassou, mais uma vez, os limites da Constituição e do bom senso, e impediu o ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL) Filipe Martins de conceder entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. A decisão é de 22 de agosto em resposta aos advogados do jornal, que pediram permissão ao magistrado da Corte em 18 de junho. Segundo Moraes, a realização da entrevista de Filipe “não é conveniente” pelo fato de a investigação criminal estar em andamento na PF (Polícia Federal).
RS recebe investimento de R$ 450 milhões
O governador Eduardo Leite deverá anunciar nesta quinta-feira o novo investimento da Lactalis Brasil, no Rio Grande do Sul. O investimento alcançará R$ 450 milhões, destinados às quatro cidades onde a Lactalis atua no estado.
O futuro do União Brasil
Passadas as eleições municipais, o União Brasil dará início a uma repaginação envolvendo a imagem, e nomes dos dirigentes das regionais em todo o Brasil, de olho na eleição presidencial de 2026. Para aproveitar todo o potencial eleitoral do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, como pré-candidato à presidência da República, o UB deverá mudar o comando em vários estados, buscando um alinhamento. Não está descartada mudança no Rio Grande do Sul.
Augusto Nardes não comenta possível antecipação de aposentadoria
O atual ministro do Tribunal de Contas da União Augusto Nardes não comenta as especulações que surgem em Brasília de que poderá pedir aposentadoria, antecipando sua saída do TCU. Restam ainda quase quatro anos de mandato como ministro no tribunal. O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, estaria por trás dessa conversa, identificando em Augusto Nardes potencial eleitoral para a disputa de um cargo majoritário no Rio Grande do Sul em 2026.
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