Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 26 de agosto de 2024
O Irã e o Hamas acusaram Israel de realizar o ataque que matou Haniyeh, em 31 de julho.
Foto: DivulgaçãoEm uma cerimônia para as Forças Armadas no Ministério da Defesa, em Teerã, Mohammad Bagheri disse que o Irã decidirá “como e quando” responderá ao assassinato.
“A República Islâmica do Irã não cairá em jogos de mídia e provocações e decidirá como e quando sua ação revolucionária (retaliação do Irã) será tomada. O eixo da resistência executará essas vinganças de acordo com suas capacidades e medidas, e testemunhamos uma parte disso ontem”, destacou.
A Guarda Revolucionária do Irã afirmou no início deste mês que Haniyeh foi morto em Teerã por um projétil de curto alcance com uma ogiva de cerca de 7 quilos e jurou vingança severa.
O Irã e o Hamas acusaram Israel de realizar o ataque que matou Haniyeh, em 31 de julho, horas depois de ele comparecer à posse do novo presidente do Irã, Masoud Pezeshkian. Israel não confirmou ou negou envolvimento no caso.
Haniyeh atuava como rosto da diplomacia internacional do Hamas. Desde 7 de outubro do ano passado, o Hamas e o governo de Israel estão em conflito armado. Musa Abu Marzouk, membro do gabinete político do grupo radical islâmico, afirmou que o assassinato “não será em vão”.
À época, o governo brasileiro condenou “veementemente” o assassinato de Haniyeh, em Teerã, capital do Irã. Em comunicado, o Itamaraty declarou que atos de violência dificultam a busca por estabilidade no Oriente Médio e a solução do conflito na Faixa de Gaza.
O Brasil também criticou o que chamou de “desrespeito à soberania e à integridade territorial do Irã, em clara violação aos princípios da Carta das Nações Unidas”.
A nota do Itamaraty defende “conter o agravamento das hostilidades” e reitera pedido de cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza “para interromper a grave escalada de tensões no Oriente Médio”.
“O Brasil reitera o apelo a todos os atores para que exerçam máxima contenção, de modo a impedir que a região entre em conflito de grandes proporções e consequências imprevisíveis, às custas de vidas civis e inocentes, bem como exorta a comunidade internacional para que envide todos os esforços possíveis com vistas a promover o diálogo e conter o agravamento das hostilidades”, afirmou o ministério.