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General está pronto para ser vice. Ou não ser nada

O bote da cobra. (Foto: Enio)

O general Braga Netto, ministro da Defesa, tem tudo para ser o candidato a vice pelo critério de “exclusão”, na chapa de reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Auxiliar de lealdade inquestionável, que resguardou o presidente no episódio da demissão do seu antecessor, general Fernando Azevedo e Silva, Braga Netto sai do cargo para ser vice ou ficar à disposição do amigo Bolsonaro, ciente de que o presidente poderá optar por outro nome, caso articulações políticas o recomendem.

Improvisação

Bolsonaro não se preocupa com vice. O atual, Hamilton Mourão, foi escolhido no último dia, após a desistência de Janaína Paschoal.

O que é prioritário

Bolsonaro acha mais importante eleger senadores, por isso preferiu que a ministra Tereza Cristina garanta a vaga do Mato Grosso no Senado.

Perfil ideal de vice

Para o presidente, seu vice ideal precisa ser alguém que não conspire, não jogue bola nas suas costas e que não seja falante como Mourão.

Lealdade é tudo

Para o presidente, lealdade é o principal atributo de um vice, e é esta a características que torna Braga Netto a provável escolha.

União Brasil e mais três estão bem nos Estados

União Brasil, PSDB, PSB e MDB estão sorrindo à toa com os cenários que se apresentam nas disputas pelos governos estaduais, sendo os partidos com mais candidatos bem colocados nas pesquisas eleitorais. Levantamento feito pela Coluna com base nas pesquisas mais recentes mostra que cada partido tem seis nomes no páreo, incluindo embates entre eles pela preferência do eleitor em ao menos quatro estados.

Com a mão na taça

PSDB lidera com folga no Amazonas e Piauí, o União Brasil na Bahia e Goiás, o MDB vai muito bem no DF, Pará, Tocantins e Roraima.

Disputa animada

União Brasil tem chances em SC, MT e disputa PE com o PSDB, que também está no páreo no RS contra o MDB e em AL contra o PSB.

Voto a voto

O PSB terá a vida complicada com embates acirrados no MA, SP e RJ. No MS, União Brasil, PSDB, PSB e MDB têm candidatos com chance.

Republiqueta

O xerife do STF nivelou o Brasil aos regimes autoritários do Azerbaijão, Bahrein, Belarus, China, Cuba, Hong Kong, Indonésia, Irã, Paquistão e Rússia (que depois recuou), proibindo o Telegram por “não colaborar”.

PCO valente

Para o PCO, o Partido da Causa Operária, “a medida de censura ao Telegram é típica de ditaduras fascistas” e também “é um ataque à internet e um ataque direto a todos”, diz o partido.

Direita valente

A deputada Bia Kicis (União Brasil-DF) acusou o ministro Alexandre de Moraes (STF) de cercear o debate eleitoral e sufocar a verdade sob a narrativa de caçar fake news. “Mais um passo para a ditadura da toga”.

O retorno de Jucá

O ex-senador Romero Jucá (MDB), que foi líder de vários governos antagônicos, prepara seu retorno ao Congresso. Se for eleito senador em Roraima, pode escrever: será líder do próximo governo, seja qual for.

Prioridades

Apenas o Amapá não realizou pesquisas para o governo estadual este ano. Mas uma coisa é certa: o senador Randolfe Rodrigues (Rede) já avisou que não é candidato e vai trabalhar para o ex-corrupto Lula.

Corrida longa

A partir deste domingo (20) faltam quatro meses para o início das convenções partidárias, que vão definir candidatos a presidente, governador, senador, deputados federal, estadual e distrital.

Declínio comunista

Após o maranhense Flávio Dino trocar o PCdoB pelo PSB, os comunistas já não governam coisa alguma. Para piorar, nas pesquisas, não há pré-candidatos do PCdoB viáveis em todo o País.

Causa e efeito

A escassez de componentes eletrônicos provocou disparada no preço de veículos pelo mundo. No Brasil, muitos recorreram ao aluguel, que subiu 33,5% e movimentou R$ 23,5 bilhões em 2021, segundo a ABLA.

Pergunta na Corte

Telegram bloqueado é o fim das fake news?

PODER SEM PUDOR

O bote da cobra

Na repressão que se seguiu ao golpe de 1964, houve uma verdadeira caça às bruxas. A crônica daquele tempo registrou a história de um agricultor pernambucano fotografado em um comício do governador. “O sr. conhece Miguel Arraes?”, perguntou-lhe o policial. “Conheço não, doutor. Só conheço ele de vista. Nunca falei com ele, não.” O policial insistiu: “E esta foto do senhor com ele, num comício?” O camponês olhou assustado para seus interrogadores e jurou: “Vixe, seu major! E não é que o dr. Miguel Arraes estava perto mesmo! Eu nem notei, juro! Se fosse uma cobra, tinha me mordido.”

(Com colaboração de André Brito e Tiago Vasconcelos)

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