Sexta-feira, 15 de novembro de 2024

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Colunistas Generosidade pra dar, vender e emprestar

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(Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Novembro é cheio de simbolismos. Prédios e monumentos se vestem de azul pra lembrar aos homens a importância da prevenção do câncer de próstata. No dia 2, as flores fazem a festa. Homenageiam nossos finados, entes queridos que foram na frente.

Vinte dias depois, é a vez da Consciência Negra. Passadas três folhas do calendário, eis o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. A bandeira e a República também marcam presença neste mês tão especial.

Lições

Não por acaso, velhas lições saem dos escaninhos da memória e pedem passagem. Uma delas é a grafia. Os meses são ilustres vira-latas. Grafam-se com a inicial pequenina: janeiro, fevereiro, março, abril.

Mas, quando figuram em datas comemorativas, a história muda de enredo. Eles ganham pedigree. Com sangue azul nas veias, escrevem-se com a primeira letra grandona: Dia de Finados, Dia da Consciência Negra, Dia da Bandeira, Dia da Mulher.

Bivalente

Afro joga em duas equipes. Numa, é nome. Substantivo ou adjetivo, não goza de privilégios. Flexiona-se em gênero e número como os irmãozinhos feio, bonito, pequeno: povo afro, povos afros, moda afra, modas afras.

Noutra, é prefixo. Pede hífen na formação de adjetivos pátrios. Nos demais compostos, dispensa o tracinho. É tudo junto, colado como unha e carne: afro-americano, afro-brasileiro, afro-latino, afrodescendente, afrolatria, afrogenia.

Politicamente correto

Há palavras e palavras. Algumas informam. Outras emocionam. Há as que mobilizam para a ação. Todas têm hora e vez. Cuidado especial merecem as que ofendem ou reforçam preconceito. Elas ofendem e agridem. Xô! No mês da Consciência Negra, valem três lembretes.

Simmmmmmm

Negro é etnia. Nessa acepção, merece tapete vermelho e banda de música. Pelé é negro. Não é escurinho, crioulo, negrinho, moreno, negrão ou de cor.

Quer indicar cor? O preto está às ordens: vestido preto, bolsa preta.

Nãoooooooooo

Evite o adjetivo em expressões de conotação negativa. Em vez de nuvens negras, prefira pretas ou escuras. Em lugar de lista negra, fique com lista de maus pagadores, de maus profissionais, de maus estudantes.

A propósito…

Apague denegrir do seu dicionário. O verbo deriva de negro. Manchar, comprometer & cia. o substituem e fazem bonito. Aproveite a carona pra livrar-se de judiar, filhote de judeu. Troque-o por maltratar.

Leitor pergunta

Outro dia, ouvi o diálogo dos meus netos. Um convidou o outro pra irem ao cinema. A resposta: “Não estou…” Ops! Afim ou a fim?

Graça Fernandes, BH

A fim ou afim? Depende:

A fim de = para, com vontade de: A fim de ganhar peso, melhorou a dieta. Maria está a fim de viajar. Seus netos vão ao cinema? Não. Eles não estão a fim.

Afim = afinidade, parentesco: Disciplina afim, parentes afins, gostos afins.

(Dad Squarisi)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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