“Talento é 1% inspiração e 99% transpiração.”
– Thomas Edison
Início esse texto citando esse brilhante empreendedor que foi um dos primeiros a aplicar os princípios da produção maciça ao processo da invenção.
Vale lembrar que entre suas contribuições mais universais para o desenvolvimento tecnológico e científico estão: a lâmpada elétrica incandescente, o fonógrafo, o cinescópio ou cinetoscópio, o ditafone e o microfone de grânulos de carvão para o telefone. Edison é um dos precursores da revolução tecnológica do século XX.
Vamos nos inspirar nele, lembrando de sua frase certeira. Claro que na literatura vamos encontrar outras fontes líquidas e precisas. No entanto, faço um convite: vamos beber aqui no pampa e não me refiro ao chimarrão e sim aos inúmeros “Thomas” que tivemos (e temos) por aqui. Minha régua, para citá-los foi ou a oportunidade de conhecê-los ou o que aprendi.
Aqui entre nós, se for para beber, cito: Bier, Eggers, Salton, Valduga, Perini e Vontobel. Já, se a sua régua for o balcão: Renner, Zaffari, Ferrão, Graziotin, Tellechea, Ormazabal, Tumelero, Colombo, Bortoncello, Tevah, Bahasa, Brair, Nahas ou Motin. Caso seja produção: Gerdau, Grendene, Randon, Argenta, Michelon, Battistella, Noschang, Pires, Parisoto, Zietolie, Tramontina, Bellini, Todeschini ou Logemann. Vai construir/administrar imóveis? Goldsztein, Malcon, Melnick, Teitelbaum ou Fonseca.
Tá bom, seu negócio é laçar a comunicação? Anote ai: Gadret, Sirotsky, Jarros, Castro, Bruxel, Mafuz ou Gusmão. Na gastronomia, temos Purini/Tasca ou Mello. Em todos eles vamos encontrar a prática de outros fundamentos essenciais para subir no pódio: gestão administrativa/financeira, marketing (os 4 ps) e uma marca relevante que tenha um exército significativo de militantes. Aliás, esse ingrediente é muito estratégico. Lembro que muitos empreendedores usam das franquias para ter um negócio de sucesso. Claro que além dos demais componentes devem cuidar da bandeira franqueada como se fosse cria sua. Na prática: vão ter que transpirar 24 horas todos os dias, caso contrário, o franqueador vai ceifar seu único pilar com diferenciação.
Registrado esse ponto e feita a devida reverência a esses(as) inspiradores/as é preciso lembrar que temos robustos obstáculos, aqui no Brasil, que são vitais transpor: tributos em cascata, incidência tributária sobre investimentos, encargos trabalhistas e sociais, ausência de investimentos públicos, problemas graves na área social (saúde e educação) e, é claro, o custo da excessiva e insana regulamentação estatal.
Então, precisamos atravessar a fronteira para buscar o 1%? Sempre será importante mas, aqui tem um CTG com gaudérios e prendas que servem um chimarrão com muita inspiração, mas temos que tomar nas quatro estações. Ou seja, sempre com muita transpiração.
Gil Kurtz – diretor da KG Consultoria, especialista em Gestão de Imagem, Conflitos e Relações Institucionais