O candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, Geraldo Alckmin, afirmou durante agenda eleitoral em São Paulo, que, se vencer a disputa presidencial, vai investir em tecnologia e irá estruturar a polícia científica para desvendar crimes e punir criminosos.
O tucano disse que o combate ao crime com tecnologia será fundamental para salvar vidas, especialmente, de jovens, que são a maioria das vítimas da violência. Ele lembrou que, atualmente, ocorrem cerca de 60 mil homicídios todos os anos no País, sendo que grande parte dessas mortes é de jovens.
Em meio à caminhada com simpatizantes no bairro do Grajaú, na Zona Sul da capital paulista, o presidenciável do PSDB destacou a jornalistas que, sem dados científicos, fica mais difícil de o Judiciário fazer Justiça.
“Polícia científica é importante para desvendar o crime e para punir o criminoso. Porque se você não tem dados científicos, como é que a Justiça vai fazer Justiça? Então, nós precisamos valorizar tecnologia. São Paulo avançou muito por causa de Infocrim, Fotocrim, Detecta. É isso que nós vamos fazer no Brasil: tecnologia”, declarou à imprensa o candidato tucano em meio ao ato de campanha.
Segundo Alckmin, se o Estado oferecer à juventude uma educação melhor, que a habilite a conquistar um bom emprego, vão cair os índices de violência. Ele ressaltou, por exemplo, que oferecer cursos técnicos aos jovens permite que eles consigam se encaixar mais rapidamente no mercado de trabalho.
Outra promessa de campanha de Alckmin para evitar que os jovens flertem com a criminalidade é conceder empréstimos para que eles consigam empreender. Uma das ações que o tucano disse que pretende implementar neste sentido é propor ao Congresso Nacional uma mudança na Lei do Aprendiz, que determina que toda empresa de grande ou médio porte deve ter de 5% a 15% de aprendizes entre seus funcionários.
“O emprego muda a autoestima do jovem, ele tem sua a renda, o seu salário. Muda a vida dele”, enfatizou.
Protestos contra Bolsonaro
Questionado pelos jornalistas sobre como havia avaliado as manifestações organizadas no sábado (29) pelo País e até no exterior contra o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, Geraldo Alckmin afirmou que a mobilização popular mostra que a sociedade brasileira “não aceita intolerância e violência”.
O presidenciável do PSDB também criticou a declaração na qual Bolsonaro disse que não aceitaria o resultado da eleição se ele não for eleito. De acordo com o tucano, não é possível o candidato dizer que “só se ele ganhar ele aceita o resultado da eleição”.
“Então, para que que pede o voto do povo? Para que que pede o voto do eleitor se, se ele não ganhar, não vale? Isso não é democracia. Democracia é colocar seu nome a serviço da população, levar seus argumentos, mostrar os caminhos para o brasil sair da crise . É isso que interessa à população brasileira”, ponderou Alckmin.