Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Flavio Pereira | 25 de maio de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, fará segunda-feira, sua primeira visita ao Rio Grande do Sul depois das chuvas que devastaram o estado neste mês. Alckmin vem definir as medidas para a reconstrução da economia do estado gaúcho, fortemente afetada pelas fortes chuvas que assolam a região. Ele já havia se reunido em Brasília na última sexta-feira (17) com representantes da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) e do setor produtivo gaúcho, e depois se reuniu com a Casa Civil e bancos públicos para discutir as medidas a serem implementadas no Rio Grande do Sul.
Documento entregue a Alckmin alinhou mais de 40 medidas urgentes
O documento entregue a Geraldo Alckmin na sexta-feira (17) pela comitiva de dirigentes da FIEEGS, alinhou mais de 40 medidas consideradas urgentes para o reerguimento da indústria gaúcha. Crédito para as empresas, legislação trabalhista e impostos são os temas mais urgentes levados ao vice-presidente na ocasião.
O Plano Rio Grande agora é lei
O governador Eduardo Leite sancionou ontem a lei que institui o Plano Rio Grande, aprovado pela Assembleia Legislativa. O deputado federal Paulo Pimenta, designado para a Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, foi convidado por Leite para assinar o documento, como testemunha. O governador gaúcho disse que “a construção desse projeto na Assembleia envolveu diálogo e entendimento entre todos os campos ideológicos, mostrando que a reconstrução do Rio Grande é prioridade. A partir do plano e do fundo, vamos dirigir as ações de reconstrução do Estado nas mais diversas frentes – seja no apoio à iniciativa privada, na reconstrução de moradia, na restauração da infraestrutura ou no auxílio aos municípios.”
Três projetos para a Assembleia Legislativa
Dentro do espírito de colaboração com o projeto de reconstrução do estado, a Assembleia Legislativa deverá apreciar com celeridade, mais três projetos de lei encaminhados ontem pelo governador: a criação da Secretaria da Reconstrução Gaúcha, pasta destinada a acelerar e organizar os processos e projetos de reconstrução; a instituição da Política Estadual de Habitação de Interesse Social (PEHIS); e o pedido de flexibilização do teto de gastos e de limitações de despesas de pessoal, a fim de viabilizar os investimentos necessários para a recuperação do Estado.
Giovani Cherini diz que “faltou a dragagem dos rios para evitar a tragédia”
O deputado federal Giovani Cherini (PL) disse ontem que a base de todo o problema das cheias dos principais rios do estado, está na falta de dragagem. Para o presidente estadual do PL, “é só dragar os rios! Desde o inicio dessa catástrofe eu falo muito sobre isso: tirar areia e sujeira que estão acumuladas nos rios que não teremos mais enchente.” Cherini explica que “grande parte dos problemas é resolvida assim: com dragagem. Rios com maior profundidade não extravasam, nossos rios já foram muito profundos e com o passar dos anos foram ficando rasos, invadindo as cidades com facilidade. Simples assim”.
Supostas equipes ligadas à CEEE Equatorial estão cobrando para religarem a luz
O deputado estadual Thiago Duarte (União Brasil) ficou estarrecido com os casos que chegaram ao seu conhecimento, sobre a cobrança indevida para religação de energia, por parte de supostas equipes técnicas com algum vínculo com a CEEE Equatorial. O deputado levou o caso para registro de um Boletim de Ocorrência na 18ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre. O caso será investigado pela polícia, garantiu o delegado Cleiton Freitas. “Acreditamos que isso é um ato criminoso e que deve ser rigorosamente investigado”, afirmou o deputado Thiago.
Envio de alimentos ao RS terá prioridade, anuncia ministro Rui Costa
O envio de alimentos e medicamentos terá prioridade no envio ao Rio Grande do Sul nos próximos dias, informou ontem em nota a esta coluna, a Casa Civil da presidência da República. O ministro Rui Costa orientou que o processo de distribuição desses itens ocorra de forma mais descentralizada. Para isso, os Correios devem encaminhar nos próximos dias cerca de 700 toneladas de alimentos com entregas focadas nos diversos municípios atingidos pelo desastre climático.
O transporte aéreo desses itens também será priorizado pela Força Aérea Brasileira. A finalidade é que a entrega seja acelerada, sem obrigatoriamente ter que passar por Porto Alegre para posterior distribuição.
Duas mil horas de voo
Em atuação no Estado desde os primeiros dias das fortes chuvas, as Forças Armadas trabalham no salvamento de vidas, com o resgate e o deslocamento de pessoas e de animais, informa a Casa Civil da presidência da República. Nesta sexta-feira (24), o esforço aéreo total alcançou as 2 mil horas de voos, tendo realizado mais de 6.400 resgates aéreos. Atualmente, são 48 aeronaves militares nas ações de apoio e outras 80 aeronaves, de diversas agências. O trabalho dos 22 mil militares brasileiros mobilizados para atuarem no Rio Grande do Sul já resgatou mais de 70 mil pessoas e inclui outras operações táticas, como o apoio em comunicações, a coordenação das agências de transporte aéreo, marítimo, terrestre e ferroviário de pessoal, material e donativos, a desobstrução de vias e retirada de entulho, o patrulhamento em áreas de infraestruturas críticas, entre outras ações.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.