“Ao anunciar a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no meu modo de ver, cometeu uma grande ‘barbeiragem'”, avalia o ex-governador Germano Rigotto, um dos mais requisitados analistas do tema reforma tributária. Rigotto, que já presidiu a Comissão que analisou o primeiro estudo sobre reforma fiscal de forma ampla no Congresso, disse ontem ao colunista, após reunir-se em Brasília com o secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, que, em relação ao anúncio da isenção para o Imposto de Renda antes das demais medidas, “por mais importante e justa que seja esta isenção, não era o momento para anunciar perda de receita (R$ 45 bilhões por ano, segundo a Unafisco) quando todos esperavam medidas fortes de enfrentamento do déficit fiscal. Hoje o ministro disse que a redução do imposto de renda será votada apenas no ano que vem. Então porque anunciar agora, criando toda essa desconfiança no mercado?”, indaga Germano Rigotto, para quem “setores do Governo, que priorizam o aumento do gasto público, saíram “vitoriosos”. Ele se mostra preocupado inclusive com a perspectiva de que esse pacote possa afetar no Congresso, a votação da reforma tributária, parada no senado, aguardando o relatório do senador Eduardo Braga (MDB-AM).
“Circulo virtuoso ou circulo vicioso?”, indaga Germano Rigotto
“O governo precisa caminhar na direção do círculo virtuoso. E nessa linha, por mais justa que seja a isenção do imposto de Renda, o governo deveria ter apresentado um pacote mostrando responsabilidade fiscal, e redução do gasto público. Só hoje apresentou como faria a redução de gastos”, afirma Rigotto. Para ele, “o governo precisa mostrar uma política séria de responsabilidade fiscal, e com isso criar um efeito forte no enfrentamento do déficit público, gerando uma situação de redução da dívida pública, e da taxa básica de juros. Com isso, se estará estimulando o crescimento da economia, que faz aumentar a arrecadação do próprio governo”. Germano Rigotto crê que essa é a receita para que se crie um círculo virtuoso. O oposto disso, alerta, será criar um círculo vicioso, da não responsabilidade fiscal”.
Governo Lula quer cortar gastos acabando com isenção do imposto para doenças graves
O governo federal decide cortar gastos atacando a parte mais fraca: vai cortar isenção que atinge isenção do Imposto de Renda por motivos de saúde – como doenças graves – a quem tem renda acima de R$ 20 mil por mês. A medida foi anunciada nesta quinta-feira, 28, e entrou no pacote de corte de gastos e mudanças na tributação de rendimentos apresentada pelo Poder Executivo.
Pacote do Governo prevê redutor nos futuros reajustes do salário mínimo
Entre as novas propostas estão novo cálculo para reduzir o reajuste do salário mínimo, abono salarial, benefício de prestação continuada, mudanças no Bolsa Família, entre outros.
Nos cálculos da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, o impacto é de R$ 327 bilhões entre 2025 e 2030.
Plano do Governo é ganhar R$ 110 bilhões cortando reajustes do salário mínimo
O Governo Lula projeta economizar até R$ 110 bilhões ao criar um limite para o reajuste futuro do salário mínimo. Pela proposta, o Governo quer que o aumento do salário mínimo nunca ultrapasse 2,5% acima da inflação. Atualmente o reajuste do salário mínimo está indexado ao crescimento do PIB, o Produto Interno Bruto.
Após enchentes, o retorno dos eventos: administração em debate
O Fórum Internacional de Administração está de volta ao Rio Grande do Sul. O evento tem um significado importante: após o adiamento devido às enchentes de maio, o XVIII FIA – considerado um dos maiores eventos da área de Administração no mundo – acontece entre os dias 4 e 6 de dezembro, em Gramado. Essa é a terceira vez que o município da serra gaúcha recebe a programação. Realizado pelo Conselho Regional de Administração do RS (CRA-RS), o fórum contabiliza 25 palestrantes de 10 diferentes países.
No auge da cortina de fumaça do “gópi”, Brasil vende reservas de urânio para a China
Um crime de lesa-pátria cometido em meio à cortina de fumaça criada pelo noticiário do suposto golpe: a Mineração Taboca S.A., responsável pela reserva de urânio localizada na Mina de Pitinga, interior do Amazonas, foi vendida para a empresa estatal China Nonferrous Trade Co. Ltd. por US$ 340 milhões – o equivalente a cerca de R$ 2 bilhões. A transação, intermediada pelo grupo minerador peruano Misur, que detém o controle acionário da empresa brasileira, ocorreu na terça-feira (26). A mina é também responsável pela lavra e pelo beneficiamento de cassiterita, columbita e, atualmente, é a maior produtora de estanho refinado do Brasil.
Nesta sexta, Canguçu recebe o evento “RS Sustentável: Cada Gota Conta”
O deputado Adolfo Brito (PP), presidente da Assembleia Legislativa, estará à frente de mais uma edição do evento do “RS Sustentável: Cada Gota Conta”, que é a pauta da gestão 2024-2025 da presidência da ALRS que trata sobre reservação de água, irrigação e piscicultura. O encontro acontece nesta sexta-feira (29), em Canguçu, a capital nacional da agricultura familiar e município líder na produção de tabaco, a partir das 9h, no centro de convenções da Cetac. O chefe do Legislativo gaúcho, deputado Adolfo Brito (PP), o prefeito municipal, Marcus Vinicius Pegoraro, e o presidente da Câmara de Vereadores, Silvio Neutzling, farão a abertura do seminário. Também participarão do primeiro ato o diretor do Cetac, Reginaldo Maciel, e o gerente regional da Emater, Ronaldo Maciel. Em seguida, às 9h30, especialistas iniciarão o período dos painéis.
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