O ex-governador gaúcho Germano Rigotto avaliou ontem os episódios de violência ocorridos domingo, a crise política do país e o discurso revanchista do presidente Lula. Rigotto, que coordenou a campanha presidencial da atual ministra do Planejamento, Simone Tebet, defende a pacificação da nação. Ele conversou com o colunista, e disse:
“Nunca aconteceu um ataque simultâneo aos três poderes como o ocorrido no último domingo. Os apoiadores de Bolsonaro deram um tiro no pé, pois conseguiram que o Governo recebesse forte apoio nacional e internacional. Se os participantes dos atos pensavam em criar um caos, acreditando com isto que teríamos uma intervenção militar, também “erraram a mão”. Só fortaleceram a unidade na defesa da democracia. Pena que o Lula, que poderia aproveitar a solidariedade e comoção dos mais diferentes setores para fazer um discurso de pacificação, continua olhando para o retrovisor e se preocupando demais com o Bolsonaro. Espero que, para o bem do País, mude esta postura.”
Governo recua e não garante aumento do salário minimo
Após aprovar o rombo no orçamento sob a justificativa de que precisava de recursos para bancar o Auxílio Brasil e o aumento do salário mínimo para R$ 1.320, o governo recuou. Ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não garantiu um novo aumento do salário mínimo, promessa feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante o governo de transição. Segundo ele, o dinheiro do orçamento foi consumido “em outras prioridades”.
Bolsonaro gastou R$ 32 milhões com cartão corporativo. Dilma e Lula gastaram mais de R$ 100 milhões
Os dados foram divulgados pela “Fiquem Sabendo”, agência de dados públicos especializada na Lei de Acesso à Informação. Em quatro anos de mandato, Bolsonaro (PL) gastou R$ 27,6 milhões no cartão corporativo disponibilizado para a Presidência da República. Os gastos com o cartão corporativo de Jair Bolsonaro incluem despesas diárias dos palácios do governo e também custos com a comitiva presidencial em viagens tanto no país como no exterior.
Gastos de cada presidente
O montante de gastos de Bolsonaro, comparativamente, foi inferior aos gastos Lula da (PT) e Dilma Rousseff (PT) quando estavam à frente do Palácio do Planalto em seus respectivos primeiros mandatos. Números corrigidos:
-Governo Bolsonaro (2019-2022) – R$ 32,6 milhões
-Governo Dilma 1 (2011-2014) – 42,3 milhões
-Governo Lula 1 (2003-2006) – R$ 59 milhões
Farsul condena vandalismo e violação da Constituição
Em nota oficial, a Farsul, Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul, “em nome do setor rural gaúcho, que tanto serviço presta à sociedade brasileira e mundial” , reconhece que são condenáveis os atos de violência ocorridos domingo em Brasília e defende o imediato diálogo para, “mesmo nas divergências, encontrar os pontos de equilíbrio e rumar ao futuro”. Trecho da nota:
“Não há possibilidade de imaginarmos uma sociedade justa em cenário que compactue com a depredação de patrimônios, sejam eles públicos ou privados. Na mesma direção, condenamos também os atos que sistematicamente têm instigado a ampliação do clima de animosidade que vige em nossa Nação, gerados em muitos casos também pela judicialização do processo político. Algumas das cenas assistidas em decorrência da reação aos atos de depredação ocorridos em Brasília, resultantes em parte, até mesmo, de decisões judiciais que violam Direitos e Garantias Fundamentais do cidadão, remontam a situações da história mundial as quais envergonham toda humanidade.
A inflação da Argentina
A Argentina da dupla Fernandéz/Cristina fechou 2022 com inflação de 94,8%, o maior índice nos últimos 30 anos. E viva o Foro de São Paulo!
Deputado pede ao STF prisão de Flávio Dino, por omissão
Deputado federal mais votado do Brasil em 2022, com 1,47 milhão de votos, Nikolas Ferreira declarou, através de suas redes sociais, que encaminhou uma notícia-crime contra o ministro da Justiça, Flávio Dino, por ‘omissão intencional’ diante dos atos de vandalismo em Brasília, no domingo (8). Nikolas pede ao ministro Alexandre de Moraes que, tal como aconteceu com o Secretário da Segurança Pública, e o comandante Geral da PM do Distrito Federal, Flávio Dino também tenha sua prisão decretada.
Republicanos de mãos vazias
A negociação comandada pelo presidente estadual do Republicanos, o deputado federal Carlos Gomes com o governo do Estado, terminou de forma melancólica. O Republicanos, com cinco deputados na Assembleia, deverá integrar a base, mas não terá nenhum cargo de primeiro escalão para colaborar na gestão de Eduardo Leite (PSDB).
Conta arriscada
Nos bastidores, comenta-se que, para garantir maioria na Assembleia, o governo estaria contando com o apoio individual de deputados do PL e do PT, com os quais abriu um diálogo direto.