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Colunistas Gestores públicos precisam aprender com o voluntariado e o cooperativismo?

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(Foto: Rodrigo Ziebell/Ascom GVG)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O mês de maio, até esse ano, sempre foi para comemorar uma data relevante: Dia Mundial do Trabalho. Para nós gaúchos esse ano foi de chorar. Mas, como tudo na vida, tem outro lado. Aprender. Se reinventar. Aliás, talvez alguns poderiam já ter aprendido com o voluntariado. Temos milhares de exemplos faz muito tempo. Milhões de brasileiros anonimamente praticam esse mantra.

A Pesquisa Voluntariado no Brasil 2021/Data Folha na sua terceira edição demostrou isso: 56% da população (57 milhões) adulta disse fazer ou já ter feito alguma atividade voluntária. Em 2011, esse percentual era 25%.

Esse número cresceu, também, com a inclusão de empresas que começaram a participar ativamente de ações sociais, ambientais e culturais. Indiscutivelmente hoje são protagonistas na promoção do voluntariado. A ONU sublinha que essa atitude deve ser aproveitada como um canal para o engajamento de diversos atores. Afirma também que os voluntários têm um papel fundamental para tornar os governos em todo o mundo mais responsáveis e ativos.

O segundo exemplo é o cooperativismo que nasceu com objetivos de melhorar a qualidade de vida das pessoas, que sozinhas não tinham tantas condições de sobrevivência ou de crescimento.

Tudo começou em 1844, na Inglaterra. Sem conseguir comprar o básico para sobreviver, um grupo de 28 trabalhadores (27 homens e uma mulher) se uniram para criarem seu próprio armazém. A proposta era simples: comprar alimentos em abundância, para conseguir preços melhores.

Tudo o que fosse adquirido seria dividido igualitariamente. Surgiu, então, a “Sociedade dos Probos de Rochdale” — primeira cooperativa, que tinha valores  considerados, até hoje, a base do cooperativismo. Entre eles a honestidade, a solidariedade, a equidade e a transparência.

Portanto, não resta nenhuma dúvida que o Estado – leia-se homens/mulheres públicos-, em todos os níveis e instâncias, poderiam ou deveriam fazer uma pós-graduação com ONGs e Cooperativas. Entre alguns aprendizados destaco: planejamento estratégico, modernização de processos, transparência, integração entre departamentos e ensaios de possíveis riscos.

Claro que existem gestores públicos que praticam esses fundamentos. Infelizmente uma parte significativa não. Para reflexão dos gestores lembro da mais famosa frase de Sócrates: “só sei que nada sei”. Ela tornou ele o mais sábio entre todos os homens da época, porque foi o primeiro a admitir sua própria ignorância e estando em constante aprendizado.

(Gil Kurtz é diretor da KG Consultoria e vice-presidente de Marketing do Forum Latino-americano de Defesa do Consumidor).

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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