Sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
22°
Fair

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Variedades Gilberto Braga, que morreu na terça aos 75 anos, certamente será lembrado como um dos grandes autores da teledramaturgia

Compartilhe esta notícia:

Vale Tudo, uma das novela de Gilberto Braga, marcou época. (Foto: Reprodução TV)

O ano era 1988 e o Brasil parava para tentar descobrir quem seria o assassino da todo-poderosa Odete Roitman. Não havia quem não tivesse um palpite, até mesmo bolões eram organizados para quando, enfim, o mistério fosse desfeito. Personagem emblemático da novela Vale Tudo vivido com maestria por Beatriz Segall, que marcou toda uma geração, foi criado pelo dramaturgo Gilberto Braga, que morreu na terça-feira, aos 75 anos.

Vale Tudo marcou época, não apenas pela trama bem construída, em tom de suspense, que fez com que os noveleiros de plantão e não só eles recusassem compromissos marcados para o horário da novela. Não se perdia um capítulo sequer, era o tema que reinava nas rodas de amigos, nos locais de trabalho, nos lares. Braga colocou em cena, além de tudo, personagens que conquistaram o público e que vieram a marcar a carreira dos artistas envolvidos. Como não lembrar da inescrupulosa Maria de Fátima, interpretada por Gloria Pires, que nos fazia odiá-la pela forma como tratava a mãe, Raquel Accioli (Regina Duarte)? Além de discutir temas sociais, a novela escancarou a questão da corrupção no País, da impunidade.

Mas foi antes, em 1976, que ele conheceu o sucesso com Escrava Isaura, que se tornaria uma das marcas da Globo, vendida para muitos países, como o foi também Vale Tudo. Não foi fácil acompanhar a história da escrava branca Isaura (Lucélia Santos), que lutava por sua liberdade ao mesmo tempo em que era maltratada pelo grande vilão da trama, Leôncio (Rubens de Falco). O autor fez o País sofrer com a protagonista, além de novamente criar um personagem com todos os requisitos para ser odiado por todos.

Em 1978, seria a vez de ocupar o horário mais nobre da emissora com Dancin’ Days, com Sônia Braga vivendo a ex-presidiária Júlia Matos, que retorna à liberdade pronta para arrebentar na pista de dança e travar embate com o passado, em um duelo feroz com a irmã Yolanda (Joana Fomm). Braga colocou aí a luta de uma mulher pelo direito a uma vida normal e pelo amor da filha, Marisa (Gloria Pires).

Entre uma novela e outra, Gilberto Braga assinou duas minisséries que conquistaram um lugar na história da teledramaturgia. Foi com Anos Dourados, em 1986, que ele fez sua incursão no gênero mais compacto. Trama que mostrava os preconceitos de uma sociedade nos anos 1950, foi ali que despontou como protagonista Malu Mader no papel de Lurdinha. Ela, de uma família tradicional, se apaixonava por Marcos (Felipe Camargo), estudante de escola militar e filho de pais separados. Nada aceitável para a época, o que tornou esse um amor proibido. A outra foi Anos Rebeldes (1992), que focava a luta estudantil, em meio a histórias de amor.

Mas Gilberto Braga foi além e, com seu poder imaginativo, continuou criando mais novelas. Foi assim que, em 2003, com Celebridade abordou a disputa ferrenha entre duas mulheres, algo entre o bem e o mal, mas ambas cativantes. Sua última novela foi Babilônia (2015), na qual tratou com naturalidade o relacionamento entre duas senhoras. Surgia na tela, o amor entre Teresa (Fernanda Montenegro) e Estela (Nathália Timberg). Mas a trama não teve o sucesso esperado e acabou encurtada.

Gilberto Braga assinou muitas outras obras, mas, por essas, ele certamente será lembrado como um dos grandes autores da teledramaturgia.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Variedades

Cissa Guimarães se despede da Globo após 40 anos de casa: “Fui muito feliz nesse casamento”
Brooke Shields comenta anúncio com teor sexual que fez aos 15 anos: “Eu era ingênua”
https://www.osul.com.br/gilberto-braga-que-morreu-na-terca-aos-75-anos-certamente-sera-lembrado-como-um-dos-grandes-autores-da-teledramaturgia/ Gilberto Braga, que morreu na terça aos 75 anos, certamente será lembrado como um dos grandes autores da teledramaturgia 2021-10-29
Deixe seu comentário
Pode te interessar