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Últimas Ginásio de Porto Alegre servia de depósito para produtos furtados de casas e lojas alagadas

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Objetos foram transportados da Zona Norte a um local seguro, para futura devolução aos donos. (Foto: Reprodução)

Durante patrulhamento aquático, agentes da Polícia Civil “estouraram” em Porto Alegre um depósito de produtos furtados de residências, lojas e outros estabelecimentos comerciais inundados pelas enchentes que atingem o Rio Grande do Sul nos últimos dias. Os itens estavam no segundo andar de um ginásio no bairro Humaitá (Zona Norte), um dos mais atingidos pela tragédia.

Ninguém foi preso. Já se sabe que o local era mantido por um grupo criminoso que utiliza embarcações para carregar e transportar até lá os mais variados produtos retirados de zonas da cidade alagadas pelo avanço da água do Guaíba. De acordo com a corporação, a “muamba” permanecerá aos cuidados de uma Delegacia de Polícia, com futura devolução aos respectivos donos.

A investigação continua, na tentativa de identificar e capturar os responsáveis. Dias antes, o titular da Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul (SSP-RS), Sandro Caron, garantiu que todos os que cometerem ataques desse tipo não ficarão impunes. “A gente tem visto pessoas se praticando furtos, assaltos, arrombamentos neste momento de crise. Mas nós vamos prender todo mundo”, declarou em recente coletiva de imprensa.

Segurança reforçada

Ainda de acordo com Sandro Caron, integrantes da Brigada Militar e a Polícia Civil reforçam a segurança em diversas áreas críticas da capital gaúcha para coibir eventuais tentativas de saque e outros crimes contra o patrimônio, além de outros incidentes.

O governador gaúcho Eduardo Leite também prometeu policiamento ostensivo e “força total” para combater o problema. A presença dos chamados “ratos-de-enchente” (bandidos que atuam de forma oportunista nesse tipo de tragédia) tem sido uma dor-de-cabeça adicional à população e autoridades, não só em Porto Alegre.

Além da subtração de pertences em si, há um aspecto de agravamento da situação de calamidade: por temerem a perda de bens, muitos cidadãos acabam optando por permanecer ilhados em suas residências. O fato dificulta as ações de convencimento em resgates emergenciais e contribui para ampliar os riscos de morte de moradores.

Também encorpam as ações preventivas e de combate ao crime agentes da Polícia Federal (PF) e da Força de Segurança Nacional (FSN). Os efetivos de segurança pública contam, ainda, com o apoio temporário de dezenas de agentes oriundos de outros Estados.

(Marcello Campos)

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