Gisele Bündchen desembarca no fim de semana no Brasil para lançar (e autografar) sua biografia, batizada de “Aprendizados: minha caminhada para uma vida com mais significado”. Ela passará por São Paulo, no sábado, e Porto Alegre, no domingo. O livro é um relato honesto da trajetória da supermodelo até aqui. Gisele (Gise, para os íntimos) fala sobre trabalho, família, ataques de pânico e sobre o corpo — durante muito tempo, foi, inclusive, apelidade de “The Body” pela indústria da moda.
Numa passagem da obra, a gaúcha, de 38 anos, conta que ficou insegura com sua silhueta depois do nascimento dos filhos, Benjamin e Vivian Lake. “Quando chegava para fazer um trabalho, algumas pessoas faziam comentários, direta ou indiretamente. ‘O que aconteceu com seus peitos?’, diziam, ou ‘Seus seios ficaram tão pequenos!’. Alguns até sugeriam que eu colocasse um tipo de enchimento de silicone no meu sutiã”.
Gisele recorda que, de repente, ficou menos confiante com seu corpo, com seus seios. “Sentia que, de alguma forma, não conseguia mais corresponder às expectativas dos outros e dar o meu melhor. Ainda assim, era impossível voltar a ter o corpo de antes de ser mãe”. Ela, então, tomou uma “das piores decisões” de sua vida: plástica.
“Pensei assim: se der uma turbinada no peito, ninguém mais vai fazer esses comentários, e tudo vai ser como antes. Escolhi confiar no meu cirurgião, acreditando que ele sabia o que era melhor para mim… Quando a cirurgia acabou, não conseguia mais reconhecer meu corpo. Não ficou como eu imaginava. Fiquei incomodada e deprimida. Por que eu tinha feito aquilo comigo?… O aprendizado aqui é: ouça a sua voz interior em primeiro lugar, para ter clareza sobre o que você realmente quer, antes de tomar decisões importantes”.