Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 17 de março de 2024
A deputada federal paranaense Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, afirmou ter sofrido ataques de um influenciador ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL). O incidente teria ocorrido na última sexta-feira (15), quando ela desembarcava no Aeroporto Internacional de Natal (RN).
Durante uma confusão, o deputado federal Fernando Mineiro (PT-RN), que acompanhava a parlamentar na agenda, reagiu ao que chamou de “agressões” e “ataques misóginos” a Gleisi. Vídeos publicados nas redes sociais mostram Mineiro dando um tapa no celular de uma pessoa que acompanhava o influenciador Matheus Faustino, pré-candidato a vereador na capital do Rio Grande do Norte.
De acordo com Gleisi, a Polícia Federal (PF) foi acionada para apurar o conflito. Ela também afirmou que tomará as medidas judiciais cabíveis.
Imagens publicadas pelo próprio membro do MBL mostram que ele aguardava a chegada da deputada no aeroporto da capital do Rio Grande do Norte. Ele faz perguntas à Gleisi, questionando o número de feminicídios registrados no País.
Sem respostas, ele aponta para a deputada e diz que ela foi a “primeira senadora ré na Lava Jato” – a parlamentar foi absolvida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2018. Gleisi Hoffmann responde: “Idiota”.
Na sequência, o vídeo publicado por Faustino somente mostra a confusão com Fernando Mineiro. O deputado dá um tapa no celular de uma pessoa que filmava as falas do influenciador. Logo depois, Mineiro puxa o braço do membro do MBL e o leva ao chão.
O deputado federal afirmou apenas ter reagido “diante das agressões” contra Gleisi. Ele disse que a presidente do PT foi “vítima de ataques misóginos” e que a reação se deu em uma tentativa de “afastá-los”.
“No desembarque no aeroporto, ela foi abordada por alguns elementos, que logo passaram a gritar e a pressioná-la. Estamos providenciando as devidas medidas jurídicas e criminais”, disse o petista.
Em um vídeo nas redes sociais, o influenciador negou ter atacado Gleisi Hoffmann. “A Polícia Militar estava lá, a Polícia Federal estava lá. Sabe por que não fizeram nada comigo? Simplesmente eu não fui agressivo”, declarou.
Conselho de Ética
Em uma rede social, o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP), um dos fundadores do MBL, afirmou que acionará o Conselho de Ética da Câmara para apurar uma suposta quebra de decoro parlamentar cometida por Fernando Mineiro.
Para formalizar o pedido, Kim ainda deverá apresentar uma representação ao órgão. O deputado afirmou que “entrar em luta corporal contra cidadãos” não é “condizente com a ética parlamentar”.
O Conselho de Ética pode decidir por punições que vão desde censura verbal ou escrita até a perda do mandato.