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A presidente do PT Gleisi Hoffmann processa o Twitter após ter dados seus e de familiares vazados

Aliados de Gleisi apostam na relação construída com o novo presidente da Câmara, Hugo Motta como um trunfo da nova ministra no cargo. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

A presidente do PT (Partido dos Trabalhadores), deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), processou o X (antigo Twitter) depois de ter seus dados pessoais vazados por um usuário da rede. A ação foi protocolada na 12ª Vara Cível de Brasília na segunda-feira (29).

Em nota, a assessoria de Gleisi disse que a ação pede a suspensão de um “perfil específico” da rede social. Pede ainda a retirada de duas publicações que direcionam os usuários a uma lista de dados da deputada e de seus familiares.

A petição apresentada pela defesa caracteriza o vazamento de dados como “violação de privacidade”. Além da ação, os advogados de Gleisi também avaliam outras medidas judiciais e extrajudiciais.

A presidente do PT é representada na ação pelos advogados Angelo Ferraro, Marina Paim e Gean Ferreira, todos da Ferraro, Rocha e Novaes Advogados.

“A deputada Gleisi Hoffmann ingressou neste fim de semana com uma ação cível, em Brasília, em face do Twitter Brasil, para que seja determinada judicialmente a suspensão de um perfil específico da rede social e a retirada de duas publicações que direcionam para uma lista de dados pessoais da deputada e seus familiares. A petição caracteriza o delito como violação de privacidade. Outras medidas judiciais e extrajudiciais estão sendo avaliadas”, diz a nota.

Corrupção

Gleisi disse que a ONG Transparência Internacional passou dos “limites” em seu relatório anual. O Brasil perdeu 2 pontos no IPC (Índice de Percepção da Corrupção) de 2023 e caiu 10 posições no ranking global divulgado nessa terça-feira (30), ficando na 104ª posição entre os 180 países listados.

Em uma análise publicada no site da Transparência Internacional, a organização diz que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “avançaram em processos que visam aumentar a legitimidade e independência do poder judiciário através da nomeação de pessoas de confiança”. A ONG classificou como “preocupante” e “polêmica” a decisão do petista de nomear seu ex-advogado Cristiano Zanin para o STF (Supremo Tribunal Federal).

“Acusar de retrocesso a indicação dos ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino ao STF, além da escolha de Paulo Gonet para a PGR [Procuradoria Geral da República], revela apenas a má vontade e a oposição política da ONG a Lula e ao PT”, declarou a presidente da sigla em seu perfil no X (ex-Twitter).

Gleisi questionou se a organização queria que o petista indicasse um “procurador-geral e ministros lavajatistas”.

Ela afirmou que “investigações sérias” revelaram que a ONG foi “cúmplice” do senador e ex-juiz da Lava-Jato Sérgio Moro (União Brasil-PR) e do ex-procurador e ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo) “na perseguição a Lula e ao PT”. Também acusou os dirigentes da ONG de se tornarem “sócios nas tentativas da dupla de se apropriar de recursos públicos ilegalmente, o que foi felizmente barrado pelo STF”.

“Expliquem antes quem financia vocês, abram suas contas, expliquem os negócios em que se envolveram com Moro e Dallagnol”, criticou Gleisi.

De acordo com a deputada, “poucos saíram tão desmoralizados das investigações sobre os crimes da Lava-Jato quanto a tal Transparência Internacional, que de transparente só tem o nome”.

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