Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 3 de julho de 2024
Os golpistas criaram um site falso da Starlink em que supostamente vendiam o aparelho de internet que nunca chegava ao destino
Foto: Divulgação/Polícia CivilA Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou nessa quarta-feira (3) uma operação contra uma quadrilha que prometia oferecer à população afetada pelas enchentes no estado antenas da empresa Starlink de forma gratuita. Foram cumpridos três mandados de prisão nos Estados de São Paulo e Minas Gerais, além do cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão.
O pretexto utilizado pelos criminosos é de que os equipamentos estariam sendo doados pela empresa americana SpaceX, de Elon Musk, em virtude do estado de calamidade causado pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
Para desenvolver o golpe, os criminosos criaram uma página na internet simulando o site da empresa Starlink. A promessa é que as antenas seriam cedidas de forma gratuita, sendo necessário apenas o custeio do frete para a entrega do equipamento.
Ao preencher os dados pessoais, os usuários eram levados até uma nova página falsa, simulando o site Mercado Pago. Nesse momento, um QR Code era gerado e quando o pagamento era efetivado, o valor era transferido para um “gateway” de pagamentos que repassava o valor para os golpistas.
De acordo com a Polícia Civil do RS, “os criminosos se aproveitaram do momento de calamidade vivenciado no Estado como um atrativo. Isto porque a empresa de Elon Musk de fato realizou doações de equipamentos com o objetivo de auxiliar na comunicação das equipes de segurança e salvamento durante a enchente”.
A investigação
Durante os trabalhos desenvolvidos pela Polícia Civil, as páginas falsas foram retiradas da internet, além do bloqueio de contas vinculadas ao CPF e CNPJ dos investigados.
A investigação apontou ainda que os valores arrecadados no golpe eram direcionados a um homem de 22 anos, de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, e a dois homens, de 20 e 24 anos, de Minas Gerais.
A Polícia Civil afirma que as investigações seguem a fim de buscar novos elementos de prova e a responsabilização de novos integrantes do grupo. A força-tarefa Cyber foi criada a fim de conter possíveis práticas criminosas que visem obter vantagens durante a situação de calamidade vivida pelo estado.
Até o momento, foram realizadas dez prisões preventivas e deferidas mais de 50 medidas cautelares pelo Poder Judiciário.
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