Quarta-feira, 04 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 11 de agosto de 2022
Cibercriminosos têm se aproveitado dos gargalos de segurança dessas instituições.
Foto: ReproduçãoÉ muito comum que, de tempos em tempos, a gente ouça detalhes inimagináveis de novos tipos de golpes envolvendo bancos e fintechs. Cibercriminosos têm se aproveitado dos gargalos de segurança dessas instituições para encontrar novas maneiras para enganar clientes, aumentando o número de vítimas de fraudes.
Recentemente, um caso envolvendo o golpe do boleto falso viralizou nas redes sociais. A história, no entanto, teve início em dezembro do ano passado, quando a estudante Brenda de Moura Libardi recebeu um e-mail e uma ligação que seria do setor de cobranças do banco digital C6 Bank para alertá-la que havia um valor em aberto no nome dela.
Na semana seguinte, Libardi recebeu uma mensagem, via WhatsApp, de um contato que tinha todas as características visuais que remetiam à instituição. Do outro lado, uma pessoa se apresentava como representante do banco, informando que havia um valor devido de mais de R$ 600. Durante a conversa, essa “funcionária” ofereceu um desconto para a vítima, caso ela pagasse com antecedência.
Segundo a estudante, os dados do boleto foram conferidos mas apresentava um erro quando ela tentava pagar. Nesse momento, ao invés de tentar pagar direto pelo aplicativo, Libardi recebeu outro código de barras e realizou o pagamento.
A estudante só se deu conta de que havia caído em um golpe quando recebeu uma ligação de cobrança do banco – agora o verdadeiro – referente a fatura que acreditava já ter pago.
Vale ressaltar que o caso de Libardi foi apenas um entre os tantos relatos que surgiram nas redes sociais recentemente. Assim como o C6 Bank não é o único banco que enfrenta acusações de facilitar fraudes e golpes financeiros – mas é o que lidera as reclamações, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC).
No mês passado, a autoridade monetária publicou o ranking de reclamações direcionadas às maiores instituições financeiras no primeiro trimestre deste ano. De janeiro a março de 2022, o C6 atingiu 77,99 pontos no ranking, resultado de 1.265 reclamações procedentes em um universo de 16,218 milhões de clientes. Na sequência, vieram BTG Pactual/Banco Pan (68,20 pontos), Inter (48,85 pontos), BMG (47,20), Santander (27,37) e Bradesco (25,22).
As principais queixas registradas no período estavam ligadas a irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços relacionados a: cartões de crédito (2.312 reclamações); demais operações e serviços (1.158); oferta ou prestação de informação sobre crédito consignado de forma inadequada (1.107).
Como se proteger
Para se prevenir desse tipo de golpe, é recomendado que o usuário seja o primeiro a iniciar o contato com a instituição financeira quando for necessário, e não esperar que outra pessoa o aborde para negociar dívidas ou pedir confirmação de dados pessoais.
Desconsiderar mensagens de terceiros com propostas e descontos, além de ser imprescindível confirmar as informações com o próprio banco através de algum canal oficial ou diretamente dentro do aplicativo da instituição.