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Geral Golpista do Tinder: veja como as mulheres vítimas conseguiram atrair o suspeito para a prisão

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Caio Henrique da Silva Camossatto foi preso por estelionato. (Foto: Reprodução)

Por meio de um grupo de troca de mensagens, as vítimas de Caio Henrique da Silva Camossatto monitoraram o criminoso e juntaram provas para denunciá-lo. Ele foi preso no último dia 22, por aplicar golpes a partir de aplicativos de namoro. Seus passos foram acompanhados com ajuda de compras que ele fazia no cartão de crédito de uma das mulheres contra quem praticou o crime de estelionato. Caio foi detido por agentes da 34ª DP (Bangu) quando um falso encontro foi marcado, em um restaurante.

Investigado por crimes contra pelo menos 11 mulheres, no Rio de Janeiro e em São Paulo, ele foi atraído para o local de sua prisão, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, por Tayara Banharo de Medeiros, uma das mulheres na qual aplicou o golpe. O caso foi reportagem do Fantástico. O crime consistia em Caio pedir empréstimos para as vítimas, que somados chegam a R$ 1,8 milhão. O inquérito que resultou no mandado da prisão preventiva foi apenas de uma delas, de quem pegou R$ 500 mil. A pena para esse tipo de crime é de 5 anos de prisão.

Todas o conheceram por meio de aplicativos de relacionamento. Ele dizia ser ator de novela, compositor de músicas famosas, dono de imóveis, rico e bem relacionado, mas com problemas financeiros. Em um dos áudios enviados às vítimas, ele diz: “Meu vô faleceu em junho do ano passado. Eu era o único herdeiro. Maior dor de cabeça. Não quero saber disso, não (…) Peguei o carro e já botei na blindagem. Agora, só 45 dias que eu pego. Tenho zilhões de dificuldades para resolver na fazenda lá de Minas. Na fazenda de Goiânia, lá de Morrinhos, em Goiás.”

Os investigadores dizem que assim ele conseguia sensibilizar as mulheres para pedir dinheiro emprestado com a promessa de pagar quando os problemas financeiros dele fossem resolvidos.

Tayara estava internada no hospital quando o conheceu pessoalmente. No primeiro encontro fora da unidade de saúde, ele pediu dinheiro emprestado.

“Até soa um pouco constrangedor. Mas, assim, ele tem muita lábia. Emprestei R$ 1 mil. Fiquei uma semana internada direto no semi-intensivo. E eu falando com ele, ele simplesmente aparece no hospital para me visitar. Fiquei até meio assim… A pessoa que você conhece no aplicativo de relacionamento vai te encontrar no hospital, né? Ele me beijou no hospital”, contou em entrevista à TV.

Com suspeitas sobre Caio ser um golpista, ela investigou informações sobre ele na internet, descobriu que era uma farsa e exigiu que ele pagasse o que pegou emprestado, sob ameaça de o expor. Ele pagou tudo. Um mês depois, no ano passado, outra reportagem do Fantástico mostrou que Caio que era investigado em São Paulo em pelo menos cinco casos e já tinha sido condenado por estelionato em 2019. A pena foi convertida em prestação de serviços comunitários, que ele nunca cumpriu. Quando viu a reportagem, Tayara decidiu se unir a outras mulheres para desmascarar Caio.

As vítimas criaram um grupo no WhatsApp para acompanhar os passos do criminoso:

“A gente foi conversando com ele no WhatsApp até conseguir o mandado de prisão. Quando saiu o mandado, eu marquei um encontro com ele”, disse.

Nos últimos dois meses, Caio se relacionava com uma policial militar do Rio.

“A investigação, ela mostrou que ele era um criminoso contumaz. E o pior de tudo, ele continuava conversando com outras pretensas vítimas. Ou seja, a prisão dele era essencial para evitar que outras vítimas caíssem no seu golpe”, disse Fabio Souza, delegado titular da 34ª DP (Bangu), que fez um alerta:

“É importante que as vítimas compareçam às delegacias e comuniquem o fato. E aí você pede a prisão por cada vítima. Vai ser muito mais difícil ele ser solto. A gente tem que botar na nossa consciência que no momento em que ele for solto, ele vai fazer isso de novo, porque é disso que ele vive”, afirma o delegado.

A defesa de Caio Henrique Comossato disse ao programa Fantástico, da TV Globo, que as acusações não têm fundamento, que o que está em apuração não é crime, mas sim um ilícito civil, quando se descumpre o que tinha sido acordado entre as partes. A defesa também disse que considera a prisão arbitrária e ilegal. As informações são do jornal O Globo.

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