O Google Assistente está com os dias contados. A empresa confirmou que, até o fim do ano, o assistente de voz do Android será substituído pelo Gemini, modelo de inteligência artificial generativa da companhia.
A mudança, que vinha sendo feita de maneira gradual, será definitiva até o fim do ano. Celulares, tablets, relógios, fones de ouvido e até dispositivos domésticos do Google passarão a ser atualizados para o Gemini.
Com a decisão, o Google Assistente não estará mais acessível na maioria dos celulares e não poderá mais ser baixado nas lojas de aplicativos.
“Estamos reimaginando a experiência de assistentes digitais com a inteligência artificial no centro, tornando o Gemini o seu assistente pessoal baseado em IA”, afirmou Brian Marquardt, diretor sênior de Gerenciamento de Produto do Gemini, em comunicado oficial publicado no site da empresa.
Marquardt acrescentou que a empresa está trabalhando em “uma nova experiência”, baseada no Gemini, para aparelhos como caixas de som inteligentes, telas conectadas e TVs. “Estamos ansiosos para compartilhar mais detalhes nos próximos meses. Até lá, o Google Assistente continuará operando nesses dispositivos”, afirmou, sem divulgar a data final de funcionamento da ferramenta.
“Era” do Gemini
A transição do Google Assistente para o Gemini começou com o lançamento da linha Pixel 9, quando o Gemini foi introduzido como assistente padrão. A Samsung, depois, adotou o Gemini como alternativa ao Bixby em seus dispositivos Galaxy S25.
A empresa afirma que está expandindo as funcionalidades do Gemini para garantir uma transição mais suave. Entre os recursos mais solicitados pelos usuários do Assistente e que agora estão disponíveis no Gemini estão: reprodução de música por comandos de voz; configuração de temporizadores e alarmes; ativação de comandos diretamente da tela bloqueada.
Usuários que ainda utilizam o Assistente poderão acessá-lo normalmente até que a transição seja concluída. No entanto, a partir do fim do ano, a versão clássica deixará de estar disponível na maioria dos dispositivos e não poderá mais ser reinstalada.
Outros recursos da IA também serão disponibilizados, como o Gemini Live, para conversas multimodais, e o Deep Research, que funciona como um assistente de pesquisa.
A mudança faz parte de um processo do Google para expansão do Gemini em seus produtos e serviços, fortalecendo a presença da IA generativa. Além da inteligência artificial virar padrão nos dispositivos da empresa, o Gemini também vem sendo integrado a outros aplicativos como YouTube e Google Fotos. (O Globo)