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Google Brasil vai combater fraudes financeiras

Esse é o maior acordo de privacidade na internet já feito pelos EUA. (Foto: Reprodução)

O Google anunciou uma atualização em sua política de produtos e serviços financeiros que fecha o cerco contra fraudes financeiras no Brasil. De acordo com a empresa, a medida cria uma nova camada de segurança contra esses crimes, o que deve ajudar a proteger a rede de usuários da empresa contra golpes.

Inicialmente, este programa foi lançado no Reino Unido, em setembro do ano passado. Desde então, as empresas de serviços financeiros são obrigadas a demonstrar que são autorizadas pela Financial Conduct Authority, maior autoridade de regulação econômica bretão, para veicular campanhas publicitárias usando as plataformas da empresa.

“Desde que lançamos essa política por lá, notamos um declínio no número de denúncias sobre publicidade promovendo golpes financeiros”, diz o Google. Devido o sucesso no país europeu, o programa foi expandido para outros mercados, como Austrália, Cingapura, Taiwan. Nesse segundo passo, além do Brasil, a política também será levada para a Índia e Portugal.

As empresas de serviços financeiros que anunciam no Google no Brasil precisarão demonstrar que têm autorização de um órgão regulador desse segmento e completar o programa de verificação para promover seus produtos e serviços por meio das plataformas da companhia. Os anunciantes poderão iniciar o processo de verificação a partir de hoje e a política será atualizada em 17 de outubro.

A partir desta data, os anunciantes que não completarem o novo processo de verificação não poderão mais promover seus produtos e serviços financeiros por meio do Google Ads. “Temos trabalhado de forma consistente para garantir que os anúncios que exibimos são seguros e confiáveis e sabemos que colaborar com órgãos reguladores é crítico para nosso sucesso”, destaca a empresa.

Registro

No Brasil, os anunciantes deverão passar pelo crivo de um parceiro de compliance do Google, além de precisarem de autorização de operação emitida por autoridades como o Banco do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A atualização da política é mais uma medida do Google que visa combater fraudes financeiras online.

“Nós temos políticas robustas que proíbem maus atores de enganar pessoas por meio de táticas como phishing, clickbait ou ao oferecer informações enganosas sobre um produto, serviço ou empresa”, destaca o Google. “Nós também temos regras mais restritas sobre como os anunciantes podem promover certos tipos de produtos financeiros, como empréstimos”.

Só em 2021, o Google bloqueou ou removeu quase 60 milhões de anúncios com violações de políticas de serviços financeiros. Entre 2020 e 2021, 16,7 milhões de brasileiros sofreram tentativas de golpes financeiros na internet, uma alta de 28% no comparativo com 2019, segundo dados da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Sebrae.

Como se precaver

Entre os principais tipos de fraude financeiras, estão a clonagem de cartões de crédito, os esquemas de pirâmide, o roubo de dados por meio de ligações telefônicas e campanhas de phishing, a emissão de boletos falsos e falsas propostas de empréstimo. Neste último, os criminosos oferecem valores acima do aprovado por bancos, mas exigem que a vítima pague um valor antecipado para que o empréstimo possa ser liberado.

Para evitar ser vítima desse tipo de fraude, é essencial sempre se atentar a propostas que pareçam muito tentadoras, com retorno rápido e muito acima das aplicações tradicionais. Muitas vezes, golpistas se aproveitam da ingenuidade somada à ganância para fazerem suas vítimas. Além disso, nunca clique em links antes de saber sua procedência, principalmente os que chegam por e-mail.

Sempre pesquise a reputação das empresas que oferecem serviços financeiros em sites como o Reclame Aqui e o próprio Google para saber qual é a opinião das pessoas. Além de sempre conferir as informações de segurança dos sites, como dispositivos e certificações de segurança usadas pelos portais. Em geral, eles ficam próximos à barra de endereço, na parte inferior da tela ou na política de segurança.

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