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Google e Amazon dizem ter sido alvo de superataque hacker; entenda

O Google, da Alphabet, disse em publicação no seu blog que conseguiu resistir às investidas dos hackers. (Foto: Reprodução)

As gigantes de tecnologia Google e Amazon disseram ter sido alvo de um superataque hacker que acontecia desde agosto. Criminosos tentaram sobrecarregar os servidores das empresas para interromper a prestação de serviços. A companhia Cloudfare, de serviços de segurança e tecnologia online, também foi atacada.

O Google, da Alphabet, disse em publicação no seu blog que conseguiu resistir às investidas dos hackers. Já a Cloudflare confirmou que o ataque foi três vezes maior que qualquer outra tentativa anterior. A divisão de serviços web da Amazon também foi afetada.

Esse tipo de ataque é conhecido como ataque de distribuição de negação de serviço (DDoS) e está se tornando cada vez mais sofisticado, sendo capaz de gerar centenas de milhões de solicitações falsas por segundo.

As empresas não identificaram os responsáveis por esses ataques, mas autoridades como a Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura dos Estados Unidos estão atentas a ameaças e destacam a importância de uma resposta coordenada em caso de ataques.

Segundo as três companhias, o problema aconteceu por consequência de uma fraqueza no protocolo de transferência de dados, HTTP/2, que deixou os servidores vulneráveis.

Buscador

Os acordos do Google para ser o mecanismo de busca padrão em dispositivos móveis e navegadores bloqueiam seus rivais em até metade das consultas realizadas nos Estados Unidos. É o que apontou o economista Michael Whinston, contratado pelo Departamento de Justiça americano, no segundo dia de depoimento no julgamento antitruste (defesa da concorrência) do Alphabet, controladora do Google.

“O poder de um navegador padrão é muito significativo”, disse Whinston que também é professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, e foi contratado pelo Departamento de Justiça para conduzir uma análise empírica do caso. “Quando você vê o Google pegando bilhões e bilhões, deve haver um motivo. Esse é o primeiro pensamento, como economista, que me vem à mente”, completou.

O Departamento de Justiça, em um caso histórico, argumenta que os mais de US$ 10 bilhões de dólares que a Alphabet paga a empresas como a Apple e Samsung, impedem que rivais do Google – como DuckDuckGo e Bing, da Microsoft – explorem de um terço a 50% de todas as buscas realizadas nos EUA, segundo o economista.

Outros 20% das pesquisas realizadas no país são feitas através do navegador Chrome, do Google, que as próprias pessoas baixam, apontou. O Google define seu próprio mecanismo de pesquisa como padrão no Chrome. Outros 33%, sempre irão para o padrão, estimou Whinston, o que significa que um mecanismo de pesquisa rival só poderia esperar obter cerca de 17% do tráfego de busca nos EUA.

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