Segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de setembro de 2022
A rede social Truth Social do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump não será admitida na loja do Google até que respeite a moderação de conteúdo de suas mensagens.
O Google fez a declaração depois que pessoas próximas a Trump disseram não saber por que o aplicativo ainda não havia sido aprovado na Google Play Store, a loja virtual que vende conteúdo para smartphones com sistema operacional Android.
A empresa notificou a Truth Social, em 19 de agosto, que o aplicativo viola as políticas da loja e exigia “sistemas eficazes para moderar o conteúdo gerado pelo usuário” para ser oferecido na plataforma, disse um porta-voz do Google.
O aplicativo viola os regulamentos que proíbem conteúdo que incite ameaças físicas e violência, de acordo com a empresa de tecnologia.
“A Truth Social nos respondeu que reconhece nosso comentários e disse que está trabalhando para corrigir esses problemas”, afirmou o porta-voz do Google.
A rede pode continuar a oferecer seu aplicativo em seu site ou em outros locais online que não envolvam a loja online do Google.
Trump promoveu a criação da Truth Social para ter sua própria rede social, após ser expulso de plataformas como Twitter e Facebook pelo ataque realizado por seus apoiadores contra o Congresso dos Estados Unidos em 2021.
A rede social de Trump está em dificuldades financeiras. Ela parou de pagar a RightForge, empresa que a hospeda, e deve US$ 1,6 milhão, segundo a Fox Business Network.
O Trump Media and Technology Group disse que recebeu cerca de US$ 15 milhões em financiamento adicional que lhe permitirá pagar suas contas até o final de abril do próximo ano.
Perito especial
Uma juíza dos Estados Unidos concordou nesta segunda-feira (5) em nomear um perito especial para revisar os registros apreendidos pelo FBI durante busca sem precedentes na propriedade de Trump na Flórida. Essa medida pode desacelerar a investigação em andamento do Departamento de Justiça.
O ex-presidente tinha levado documentos secretos e ultrassecretos da Casa Branca. Um mandado de busca autorizou agentes do FBI a apreender materiais na residência para investigar crimes relacionados à Lei de Espionagem, que proíbe a retenção não autorizada de informações de segurança nacional que possam prejudicar os EUA ou ajudar um adversário.
Trump pediu na Justiça para que um perito fosse nomeado para decidir quais documentos que foram apreendidos podem fazer parte do processo judicial e quais devem ser excluídos.
Em sua decisão, a juíza Aileen Cannon, de West Palm Beach, na Flórida, disse que o tribunal autorizou a nomeação para revisar itens pessoais, documentos e materiais que podem ser objeto de privilégio da relação de advogado-cliente (ou seja, só para Trump e seus defensores). Aileen foi nomeada por Trump em 2020, poucos meses antes de ele deixar o cargo.
A ordem dela permite que as autoridades de inteligência dos EUA continuem a investigar se houve danos à segurança nacional.