Terça-feira, 26 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 22 de janeiro de 2023
A defesa do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), informou que, nesta segunda-feira (23), entregará o celular do governador pela manhã, na sede da Polícia Federal, em Brasília. A entrega do aparelho atende à determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a defesa, o governador afastado estava fora de Brasília quando ocorreu a operação de busca em sua residência, “mas faz questão de que o seu telefone seja periciado”, declarou o advogado Cleber Oliveira, que representa Ibaneis, ao lado de Alberto Toron. “Como já dito, ele não tem nada a esconder e é o maior interessado na plena apuração dos fatos.”
Toron disse ter sido pego de surpresa pela determinação de busca e apreensão na casa e no escritório do governador afastado, na última sexta-feira.
A defesa disse que causou estranhamento o fato de a ordem ter ocorrido dias após o depoimento de Ibaneis à Justiça, há uma semana. A diligência foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e acatada pelo ministro Alexandre de Moraes.
“A busca e apreensão sempre representa uma surpresa. Agora, nós estranhamos que essa medida tenha sido determinada tanto tempo depois de ele ter sido ouvido… ele que havia se colocado à disposição. Mas, a defesa não se preocupa com a busca e apreensão”, declarou o advogado.
Toron acrescentou que respeita a diligência e que vai aguardar o esclarecimento dos fatos após ter conhecimento do material apreendido. Ibaneis não estava nos endereços no momento da operação.
O ex-secretário da Segurança Pública do DF, Anderson Torres, considerado um dos personagens centrais para as investigações, deve prestar depoimento nesta segunda-feira.
Ameaça a Lula
A Polícia Federal prendeu em flagrante na noite de sexta-feira (20), em Boa Vista, um suspeito de incentivar o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a PF, o crime teria sido cometido por meio de um comentário em rede social. A corporação não divulgou o nome nem a atividade do acusado.
O preso teria dito que seria “a hora de colocar a bala na cabeça dele” em uma publicação no Instagram sobre a visita do Presidente à Roraima, nesse sábado (21).
A prisão em flagrante foi fundamentada no artigo 359-M do Código Penal – tentar depor por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído. Também foi citada incitação ao crime.
A PF informou que o investigado foi encaminhado ao sistema prisional.