Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 6 de setembro de 2020
Wilson Witzel foi afastado do governo do Rio de Janeiro por 180 dias por decisão do Superior Tribunal de Justiça
Foto: Fernando Frazão/Agência BrasilA defesa do governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), pediu ao presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, o retorno dele ao cargo até que a decisão seja analisada pela corte. Witzel foi afastado em votação do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
A defesa alega que até agora ele não foi ouvido ainda nessa fase da investigação e cita ainda que é “frágil” o argumento dado pelo ex-secretário de Saúde do Estado, Edmar Santos, em delação premiada, de que teria recebido de Witzel R$ 15 mil.
A defesa diz ainda que “não há nenhuma prova de que ele no mandato estaria atrapalhando as investigações” e quer que ele seja reconduzido ao cargo de governador. O PSC também pediu que o STF defina como deve ser o rito para o afastamento. O ministro Edson Fachin é o relator e decidiu levar a questão ao plenário, mas ainda não há data. Com isso, Toffoli é quem deve decidir sobre o pedido.
A comissão especial da Assembleia Legislativa do Rio, que analisa o processo de impeachment, tem até o próximo dia 15 para emitir um parecer. A defesa do governador afastado pediu para que 15 testemunhas sejam ouvidas, entre elas, cinco procuradores do Ministério Público Estadual e a subprocuradora Lindora Araújo, responsável pela denúncia.
Wilson Witzel foi afastado do governo do Rio de Janeiro por 180 dias por decisão do Superior Tribunal de Justiça, após pedido da Procuradoria-Geral da República na Operação Tris In Idem, que investiga irregularidades e desvios na saúde. Ele ainda enfrenta um processo de impeachment na Assembleia Legislativa (Alerj). O então vice-governador Cláudio Castro assumiu o comando do Estado.