O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas demitiu quatro policiais civis condenados por atuarem como infiltrados para o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Em decisão publicada nesta quarta-feira (27) no Diário Oficial, um decreto confirmou a perda do cargo de três investigadores e um delegado da Polícia Civil paulista. Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), eles recebiam valores para repassar informações sigilosas, garantindo a liberdade de integrantes da facção e impulsionando o tráfico de drogas.
O decreto ocorre após o tribunal de Justiça de São Paulo rejeitar, em julho, a apelação feita pelos agora ex-policiais.
O delegado Fernando Toshiyuki Fujino e os investigadores Carlos Moroni Filho, Marcos Roberto Munhoz e Willian Felipe Martins Soares foram presos em 2013 após uma investigação do Ministério Público de São Paulo.
As prisões fizeram parte de uma ação que mirou integrantes do PCC. No total, 25 pessoas foram detidas. Os agentes, que vinham sendo monitorados por escutas telefônicas, receberam propina para proteger traficantes do PCC quando atuavam na Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Sorocaba (SP).
Os agentes foram acusados pelo MPSP pelos crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica, concussão, extorsão, tráfico de entorpecentes e associação para o tráfico, além da divulgação de informações sigilosas.