Por Redação O Sul | 11 de abril de 2025
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que segue apostando no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como “grande condutor” do processo eleitoral de 2026. Tarcísio é apontado como um dos nomes viáveis para concorrer à Presidência em um cenário em que Bolsonaro não consiga reverter sua inelegibilidade.
Além de se afirmar “absolutamente leal” ao ex-chefe do Executivo federal, ele negou que os governadores que participaram do ato pró-anistia aos condenados do 8 de Janeiro, no último domingo, na Avenida Paulista, em São Paulo, estejam tentando herdar o capital político de Bolsonaro.
Segundo o governador, a presença de sete chefes de Executivos estaduais na manifestação bolsonarista foi um “recado claro” sobre a união do campo da direita. “Ninguém tem o interesse necessariamente de ser protagonista desse processo. Todo mundo quer construir uma alternativa para o Brasil, e esse grupo vai estar junto. Então, quem aposta em fragmentação da direita, eu acho que está apostando errado”, declarou Tarcísio anteontem, durante entrevista à Revista Oeste.
Ainda de acordo com Tarcísio, o grande líder desse processo de configuração do cenário eleitoral para o ano que vem será Bolsonaro. “É a grande liderança da direita, e a gente viu isso na manifestação (de domingo, em São Paulo)”, afirmou o governador.
Durante discurso na Paulista, o ex-presidente afirmou que a manutenção de sua inelegibilidade em 2026 significaria “escancarar a ditadura no Brasil”. Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) sob acusação de liderar uma tentativa de golpe de Estado.
Sete governadores
Foram ao ato na Paulista, além de Tarcísio, os governadores Ratinho Júnior (PSD), do Paraná; Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás; Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; Wilson Lima (PL), do Amazonas; Mauro Mendes (União Brasil), de Mato Grosso; e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais. O governador de Rondônia, Marcos Rocha (União Brasil), chegou mais tarde à manifestação.
Além de Tarcísio, Ratinho Jr., Zema e Caiado são cotados como presidenciáveis para 2026. O governador de Goiás lançou sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto em evento na Bahia na última semana e conseguiu reverter a decisão de primeira instância que o tornou inelegível.
O governador de Minas, por sua vez, é considerado pelo partido Novo em um cenário eleitoral sem Bolsonaro, o governador do Paraná é apontado como o “candidato natural” do PSD de Gilberto Kassab, ainda que não haja nenhuma definição no momento.
Já o governador de São Paulo reafirmou na entrevista à Oeste que será candidato à reeleição no ano que vem. “Sou governador de primeiro mandato e levo muito em consideração a questão do legado. Tem alguns projetos que são fundamentais para nós e que vão ser concluídos em 2028, 2029, 2030 e até depois”, declarou Tarcísio. Com informações do jornal O Estado de S. Paulo
