Terça-feira, 18 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 13 de fevereiro de 2025
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou que as negociações sobre o futuro do PSDB não significam o fim da legenda. Segundo ele, que já presidiu o partido em 2023, as discussões em curso caminham para a formação de federações ou uma fusão com outra legenda, e defendeu que a negociação envolva um projeto “alternativo” para disputa à Presidência em 2026.
Depois de ocupar a Presidência da República por dois mandatos com Fernando Henrique Cardoso e protagonizar disputas com PT, o PSDB vem passando por um momento de crise nos últimos anos. Dirigentes tucanos passaram a discutir uma eventual fusão ou incorporação com outros partidos. Atualmente o partido já tem federação com o Cidadania, e uma das possibilidades em debate é incluir outras legendas.
A jornalistas, Leite não citou siglas, mas confirmou que há negociações em andamento e defendeu que o diálogo inclua o debate sobre um um projeto político para as eleições de 2026, alternativo à polarização liderada pelo PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e pelo PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo o governador, os debates devem incluir também a preservação da linha programática do PSDB.
“Um dos temas que nos preocupa é qual será o caminho, qual será o projeto nacional dessa nova agremiação partidária, se evoluírem as conversas. Queremos ajudar o país a construir um projeto alternativo a esse que está aí. Se observarmos nesses eventuais parceiros a disposição em constituir apoio ao atual governo ou a um grupo que hoje está na polarização mais ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro, já não há discussão, não há possibilidade de avançar nessa direção. Queremos construir um projeto alternativo”, disse Leite a jornalistas. “A condição é ter um projeto alternativo para a eleição de 2026”, completou.
Candidatura
O governador gaúcho não descarta concorrer à Presidência da República eventualmente. Na entrevista aos jornalistas, Leite afirmou estar com “os olhos voltados ao Estado”, mas vê o cargo como algo “natural”.
“Estou com meus olhos voltados ao Estado, mas ciente do meu compromisso com o Brasil e querendo ajudar a construir um caminho alternativo. Para quem foi prefeito (Pelotas, 2013-2017) e é governador, olhar para a Presidência da República como uma aspiração pessoal é natural. Mas uma candidatura não se constitui de aspirações pessoais, mas sim de um projeto que deve ser desenvolvido coletivamente dentro de um entendimento do futuro do Brasil”, declarou.