Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 8 de outubro de 2021
A sede de testagem da Hyperloop Transportation Technologies (HTT), em Toulouse, no sul da França, foi a última parada da missão governamental internacional do governo do Estado. A viagem chegou ao seu quinto e último dia nesta sexta-feira (8), depois de três dias em Madri e um dia em Barcelona, ambas na Espanha.
A empresa desenvolve o hyperloop, sistema de transporte por cápsulas para passageiros ou cargas que pode alcançar 1,2 mil km/h com conforto e segurança. Em janeiro deste ano, o governo do Estado assinou um acordo com a Hyperloop e com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) para que fossem feitos estudos de viabilidade para aplicação da tecnologia no Estado. A rota estudada foi Porto Alegre–Caxias do Sul, passando por Novo Hamburgo e Gramado.
“Participamos desse desenvolvimento apostando na inovação, na tecnologia, sabendo que, embora possa parecer difícil de compreender e parecer distante, pode se tornar realidade. É um meio de transporte absolutamente disruptivo. A pesquisa e a ciência por si só por trás desse meio de transporte já são muito relevantes, e viabilizar ali na frente esse meio de transporte no RS nos colocará ainda mais em destaque como referência em inovação”, disse o governador.
A Hyperloop TT foi criada há sete anos. Até agora, a empresa investiu US$ 55 milhões no desenvolvimento e testagem da tecnologia. A previsão é de que os testes com passageiros sejam iniciados no próximo ano, e a primeira instalação da tecnologia deve ocorrer em Abu Dhabi, a capital dos Emirados Árabes Unidos, a partir de 2023. “As tecnologias são existentes e viáveis. Nosso principal desafio é a viabilidade financeira”, explicou.
De acordo com o diretor Ricardo Penzin, head Brasil e América Latina da empresa, o valor da passagem para a rota entre Porto Alegre e Caxias do Sul custaria, em média, R$ 100. O tempo de viagem é de cerca de 20 minutos, e cada cápsula comporta 50 pessoas por viagem. Para o RS, o investimento necessário seria de US$ 24 milhões por quilômetro, com investimento 100% privado. “O RS abriu as portas para o estudo de maneira que não vimos em outro Estado no RS. Temos a excelência dos estudos de transporte da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e o RS tem uma diferença de altitude que faz muito sentido. Queríamos um local que mostrasse que a Hyperloop pode fazer coisas que o trem não pode fazer”, destacou Penzin.
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