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Governador ideal

Ilustração

Jesus Cristo seria o governador ideal para o Rio Grande do Sul destes tempos de extrema penúria financeira. Foto: montagem.

Jesus Cristo seria o governador ideal para o Rio Grande do Sul destes tempos de extrema penúria financeira. Multiplicou os pães há mais de dois mil anos. Multiplicaria os recursos do erário. Não precisaria parcelar os salários dos servidores. José Ivo Sartori foi considerado o melhor, pelos eleitores, para administrar a massa falida do Rio Grande, mas não multiplica nada para atender a todos. O máximo que faz é dividir, escalonar, até que entrem novos pãe$, para atender ao maior número de pessoas remuneradas pelos cofres públicos.

Um governador e tanto seria, sim, o Filho de Deus! Os servidores não precisariam mover dúzias de ações judiciais, exigindo pagamento em dia com dinheiro que não existe. Se, por distração (Cristo nunca se distrai!), se visse obrigado a parcelar os salários, medidas legais dos atingidos não seriam problema. Cristo multiplicaria o dinheiro do mesmo modo que multiplicou o alimento e saciou a fome de muitos com pouco. Jesus seria amado até pelos adversários-servidores, ao contrário de Sartori, criticado até pelos servidores-companheiros.

Cristo multiplicou os pães sem tirar nada de ninguém. Sartori ameaça multiplicar os recursos financeiros, tirando dinheiro de todos, com aumento de impostos. Cristo fez milagres. Tirou de onde não existia. Sartori não faz milagre. Pensa em tirar do bolso do contribuinte um dízimo ainda maior do pouco que lhe resta. Sem tomar nada de ninguém, Cristo deu a todos. Sartori quer tomar de todos, para dar a poucos, impacientes. Sartori precisa fazer alguma coisa. A minoria sabe que não há o que distribuir, mas exige por inteiro o que lhe cabe por direito. Não aceita receber em duas partes, como pão partido ao meio, mesmo que isso custe o esgotamento dos pãe$, prejudicando outros, sobretudo os menos aquinhoados.

Depois de perder o parcelamento no STF, não tem mais direitos de adiar medidas concretas, necessariamente de efeitos rápidos. Medidas de carácter “milagroso”. Certamente de difícil construção política, caso não conte com o amparo dos aliados, sem exceção. Jesus fez milagres – e, ainda assim, foi crucificado em lugar de um reles ladrão, livrado pela turba. Sartori, sem o dom do milagre, precisa abrir o olho para as dificuldades crescente, ser um pouco Jesus Cristo, o nome ideal para governar o Rio Grande destruído.

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