Sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de janeiro de 2017
O governador José Ivo Sartori mantém otimismo frente a 2017, mesmo considerando as dificuldades enfrentadas no ano passado, em um cenário que brange o País, Estado, municípios e sociedade: “Eu sou daqueles que acredito que é preciso plantar uma semente e o governo encaminhou propostas novas pensando em dias melhores. Nunca se deve perder as esperanças. A vida nos ensina que não tem volta, que é preciso ter postura, conduta e nós fizemos o que foi necessário mesmo contrariando pessoas. Governar é contrariar interesses”.
Ele aponta que o orçamento de 2016 foi realista, mostrado à sociedade, “com transparência e verdade”. Em 2015, o governo já visualizava dificuldades, com os indicativos apontando para um déficit de 25 bilhões de reais em 2018, mas com medidas de prevenção adotadas, hoje o valor está estimado, para o mesmo período, em 8,8 bilhões de reais.
“No primeiro dia de governo começamos cortando na própria carne, com diárias e afins. Tenho a certeza de que aquele que me suceder terá que fazer a mesma coisa se quiser achar um caminho. Não gostaria de estar parcelando salários e décimo terceiro, mas é preciso adequar o orçamento”.
O governador menciona a importância de um olhar à coletividade, ao Estado como um todo, seus 11 milhões de habitantes “que esperam uma posição do governo. Quanto mais coletivos formos, mais fácil será chegar a resultados” , uma colocação principalmente frente às manifestações contrárias às extinções de algumas fundações. Sartori explica que a medida partiu de inúmeros estudos e avaliações detalhadas, setor a setor destas instituições, verificando metas e resultados de cada uma delas. Dentro do processo de gestão, ele diz ainda que algumas secretaria também foram extintas, passando de 29 no início do governo a 17 atualmente. Uma das preocupações do líder de governo diz respeito aos inativos, que representam 56% da folha de pagamento do Estado, por isso mesmo a questão previdenciária também entra nas próximas pautas de discussões.
Sartori se mostra satisfeito com a recuperação das rodovias gaúchas, que exigiram investimentos alocados através de PPPs (parcerias público privadas) e outras das conquistas se deve a abertura do Porto de Pelotas, com a participação da CMPC (Celulose Riograndense), agilizando o transporte de toras de madeira, vinculado ao Porto de Rio Grande.
“Significa que já tiramos e vamos continuar tirando muitos caminhões das estradas e isso vai criar um nova ambiente para o Estado”. A reestruturação do Terminal de Conteineres Santa Clara, da Braskem, no Polo Petroquímico, da mesma forma dá novo vigor ao sistema hidroviário gaúcho.
O agronegócio, com foco nas exportações ganha relevância, pelo papel que o Estado representa neste segmento, além do apoio do governo às principais cadeias produtivas que passam pelo leite, uva e vinho, setor coureiro calçadista e indústria metalúrgica. “Nosso esforço é para manter a produtividade e a competitividade”. Ele diz que que a Assembleia Legislativa já aprovou um aumento de 20% no orçamento da Secretaria de Segurança e que ainda para 2017 está prevista a inauguração da segunda parte do presídio de Canoas. Ele faz votos para que “o RS encontre seu futuro de verdade neste ano que inicia”.