Sábado, 22 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 22 de fevereiro de 2025
Segundo o governador, que já externou diversas vezes sua vontade de concorrer ao comando do Palácio do Planalto.
Foto: Ag. CâmaraO governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) anunciou, neste sábado (22), o lançamento de sua pré-candidatura à Presidência da República em 2026. Nas redes sociais, Caiado informou que o evento ocorrerá no Centro de Convenções de Salvador, no dia 4 de abril.
“Coloquem na agenda! No dia 4 de abril, às 9h, no Centro de Convenções de Salvador, lançaremos nossa pré-candidatura à Presidência. Conto com vocês nessa caminhada por um país mais justo, próspero, seguro e forte! Vamos juntos”, escreveu Caiado em seu perfil no X, o antigo Twitter.
Em seu segundo mandato como governador de Goiás, Caiado já concorreu a presidente nas eleições de 1989. Na ocasião, ele obteve 488.893 votos (0,72% do total) e não avançou ao segundo turno na disputa vencida por Fernando Collor.
O chefe do Executivo goiano reiterou diversas vezes sua intenção de disputar a eleição presidencial de 2026. Em outubro passado, ele afirmou que é possível ser o candidato da direita mesmo sem o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Hoje, entre todos os pré-candidatos da direita, o que ficou claro é que não há mais condicionantes. Ou seja, cada um que desejar vai buscar seu espaço, vai ser candidato e o eleitor é que vai decidir o processo”, disse Caiado na ocasião.
Antigos aliados, Caiado e Bolsonaro vivem um período de afastamento desde que o político bolsonarista deixou o comando do Palácio do Planalto. Nas eleições municipais de 2024, os dois divergiram sobre quem apoiar para o comando da Prefeitura de Goiânia.
Na disputa pela capital de Goiás, Caiado apoiou Sandro Mabel, que venceu o bolsonarista Fred Rodrigues (PL), com 55,53% dos votos válidos contra 44,47%. Durante as eleições, o ex-presidente chegou a chamar o governador de “covarde”.
Em setembro do ano passado, Bolsonaro criticou governadores que aderiram a medidas de isolamento social para combater o avanço da disseminação do coronavírus.
“Criaram um terror no Brasil. Nós, na pandemia, fizemos o que tinha que ser feito. Fui contra governadores que falavam ‘fiquem em casa, a economia a gente vê depois’. Governador covarde! Governador covarde! O vírus ia pegar todo mundo, não tinha como fugir do vírus”, disse o ex-presidente, sem citar Caiado nominalmente. O público presente gritou o nome do governador. Procurada pelo Estadão, a assessoria do governador não comentou o caso.
Os dois chegaram a romper ainda durante o primeiro mês da emergência sanitária, em maio de 2020.