Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 23 de agosto de 2019
Governadores da Amazônia Legal foram chamados pela Presidência da República para uma reunião em Brasília (DF) no início da semana que vem. O encontro deve ocorrer na segunda-feira (26) ou na terça-feira (27), segundo informou o governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB). As informações são do blog de Gerson Camarotti, do portal de notícias G1, e do governo do Pará.
A Amazônia Legal engloba os Estados do país onde há a presença da floresta. Fazem parte do grupo, além de todos os estados da região Norte, o Maranhão e o Mato Grosso.
O chamado para a reunião em Brasília ocorre em meio ao alastramento das queimadas na Amazônia nos últimos dias. As perdas de área verde tem gerado reações no Brasil e no exterior. Governos de países como a França e a Alemanha manifestaram intenção de discutir a situação no G7 (grupo das sete maiores economias do mundo). Além disso, movimentos internacionais começam a defender boicote aos produtos do agronegócio brasileiro.
No início da crise das queimadas, Bolsonaro chegou a acusar ONGs e os governadores da região.
Na avaliação de auxiliares do presidente, uma ação conjunta com governos estaduais é fundamental para conter o desmatamento.
Força-tarefa
O governo do Pará enviou uma força-tarefa à região da Transamazônica para ações ostensivas e preventivas de combate ao desmatamento, que deve atuar por pelo menos 30 dias. A confirmação feita na tarde desta sexta-feira (23), em coletiva de imprensa, pelo governador Helder Barbalho, compõe uma série de medidas tomadas em prol da preservação ambiental na região da Amazônia Legal. Para o chefe do Executivo Estadual, as queimadas são um problema gravíssimo da humanidade, cuja repercussão internacional poderá gerar embargos e sanções econômicas devastadoras.
Helder afirmou que o Fórum de Governadores está construindo uma carta-manifesto, solicitando que o Governo Federal possa cooperar e colaborar na formação de brigadistas. A atuação ocorreria em paralelo às parcerias que possam ser estabelecidas com a presença das Forças Armadas – já há um encaminhamento nesse sentido, com foco na fiscalização do desmatamento e contenção de áreas de focos de queimada. Ele admitiu que o Governo do Pará não tem condições de realizar esse enfrentamento sem apoio dos demais entes.
“Estamos junto ao [Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade] ICM-Bio, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis [Ibama], Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) em ações de combate e reforço ao monitoramento e fiscalização, que possam permitir a repressão daqueles que estão agindo de forma ilegal”, reforçou o governador, detalhando a composição da força-tarefa. “Temos alertado sobre o crescimento do desmatamento desde o início do ano. Porém, isto tudo ganha uma proporção muito mais elevada com a diminuição das chuvas”, explica.