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Geral Governadores de São Paulo e de Goiás se encontram com o presidente e o primeiro-ministro de Israel e criticam Lula

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Os governadores Ronaldo Caiado (E) e Tarcísio de Freitas (D) com o presidente de Israel, Isaac Herzog (C). (Foto: Reprodução)

Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União), se encontraram nessa terça-feira (19) com o presidente de Israel, Isaac Herzog, e com o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.

O convite foi feito pelo governo israelense e estendido também ao ex-presidente Jair Bolsonaro – que não pôde ir por ter tido o passaporte apreendido pela Polícia Federal, em meio às investigações sobre a tentativa de golpe do 8 de Janeiro. No governo federal o gesto foi lido como provocação.

O encontro marca um aproveitamento político pelo bolsonarismo da crise detonada após o presidente Lula comparar o bombardeio israelense sobre Gaza, que já deixou milhares de mulheres e crianças mortas, ao extermínio dos judeus praticado pela Alemanha nazista de Adolf Hitler. A declaração provocou um tensionamento nas relações entre Brasil e Israel, cujo governo chegou a declarar o petista “persona no grata” no país.

Tarcísio e Caiado não deixaram de capitalizar em cima da crise. O governador goiano escreveu em suas redes sociais que pediu desculpas a Herzog, com quem se encontrou em Jerusalém, “por uma fala infeliz do presidente da República comparando a guerra ao holocausto”. Ele também diz ter conversado sobre “os impactos do conflito (em Gaza), a importância do diálogo e da promoção da paz”.

“Peço desculpas em nome do meu povo, de nós brasileiros, pelas declarações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, ao desconhecer totalmente a história, fez uma comparação, a mais desastrosa possível, agredindo o povo judeu”, disse o goiano a Herzog, de acordo com um vídeo publicado em suas redes sociais.

Caiado voltou a tocar no assunto no encontro com Netanyahu, na parte da tarde. Ele também publicou imagens no memorial criado no terreno onde uma festa rave foi atacada pelo Hamas em 7 de outubro, na data da invasão terrorista.

Já o governador paulista adotou um tom mais comedido, e não mencionou publicamente o episódio com Lula. Disse que tratou com Herzog das “possibilidades de cooperação na agricultura, na inovação, na tecnologia para a segurança pública”. Escreveu em seu perfil no Instagram que agradeceu pelo apoio da comunidade judaica em São Paulo e que externou solidariedade ao povo israelense em razão do conflito.

Aliados de Tarcísio, por sua vez, destacaram a viagem do governador como “contraponto” a Lula e lembraram da declaração do presidente brasileiro. Nos comentários da publicação choveram provocações ao petista.

Mortes em Gaza

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas, em 7 de outubro, que matou quase 1.200 pessoas em Israel, a maioria civis, e fez 240 reféns – 130 permanecem sequestrados em Gaza, 32 das quais, segundo as autoridades israelenses, morreram.

A resposta de Israel, lançada em retaliação ao ataque, causou nos últimos cinco meses mais de 31.500 mortes na Faixa de Gaza, incluindo milhares de mulheres e crianças. A reação israelense tem provocado críticas e protestos ao redor do mundo pela quantidade de mortes de civis. Palestinos têm sofrido com a falta de comida, água e eletricidade. Tarcísio e Caiado ainda não tocaram no assunto. As informações são do jornal O Globo.

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