O Ministério da Justiça e Segurança Pública recebeu, em 24 horas, 30 mil denúncias e informações sobre os terroristas que cometeram os atos de vandalismo na Esplanada dos Ministérios neste domingo (08).
Para receber informações que ajudem a identificar quem participou e quem financiou os atos que depredaram e destruíram parte dos prédios do Supremo Tribunal Federal (STF), do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto, foi criado um canal de denúncia por meio do e-mail: denuncia@mj.gov.br.
Segundo o secretário de Acesso à Justiça, Marivaldo Pereira, neste primeiro momento as apurações darão prioridade aos dados de quem financiou o envio de caravanas de radicais bolsonaristas para Brasília e os gastos dos acampamentos em frente a quartéis do Exército. “Qualquer informação ou pista é bem-vinda”, escreveu o ministério na segunda.
Acampamento desmobilizado
A Polícia Federal liberou, na noite desta segunda-feira (09), dois ônibus com mulheres com filhos pequenos e idosos que haviam sido detidos mais cedo no acampamento de bolsonaristas em frente ao quartel-general do Exército em Brasília.
Cerca de 1.200 pessoas foram detidas no acampamento, que foi desmontado por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após os atos terroristas realizados por uma minoria radical de bolsonaristas em Brasília no domingo (8).
Os detidos no acampamento foram levados em ônibus para a Academia da Polícia Federal, em Brasilia.
Lá, de acordo com o ministro da Justiça, Flávio Dino, eles seriam identificados e ouvidos pelas autoridades. Dependendo da avaliação da Justiça, as pessoas poderiam ser liberadas ou ser encaminhadas para detenção. Os idosos liberados têm comorbidades.
Financiadores investigados
Além dos presos, a Polícia Federal já começou a identificar quem financiou os atos terroristas. O Ministério aguardará a conclusão das investigações da PF para definir os próximos passos em relação aos financiadores do movimento.
Transferência
As forças de segurança se mobilizam, nesta terça-feira (10), contra uma possível reação de bolsonaristas radicais detidos no Distrito Federal. Imagens do ginásio da Academia Nacional da Polícia Federal mostram que policiais fizeram um cordão humano em frente ao local.
Cerca de 500 presos, considerados os mais radicais, serão encaminhados para a Penitenciária da Papuda.Os suspeitos foram presos entre domingo (8) e segunda (9), após ataques terroristas às sedes dos três poderes da República.