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Brasil Governo admite que vacinação pode parar e pede ajuda à China

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Ministério da Saúde cita variante e faz apelo a embaixador chinês por 30 milhões de doses da Sinopharm

Foto: Reprodução
Especialistas alertam para piora rápida dos doentes. (Foto: Reprodução)

O Ministério da Saúde enviou carta ao embaixador da China na segunda-feira (08) na qual cita o risco de a falta de doses interromper a vacinação contra a Covid-19 e, por isso, pede ajuda para “averiguar” se a farmacêutica Sinopharm tem a disponibilidade de 30 milhões de doses para fornecer ao Brasil.

A vacina da Sinopharm, batizada de BBIBP-CorV, não está entre as doses negociadas ou em sondagem já anunciadas pelo Ministério da Saúde. Em dezembro a empresa anunciou que o imunizante tem 79,3% de eficácia. A vacina da Sinopharm é do tipo que é denominada “inativada”, que utiliza o método clássico e recorre a um vírus “morto” para gerar uma reação imunológica.

Atualmente, o Brasil contra com outra vacina desenvolvida na China em sua campanha de vacinação contra a Covid-19: é a CoronaVac, da Sinovac, que foi trazida ao país após acordo do governo de São Paulo por meio do Instituto Butantan.

A carta com o pedido de ajuda na negociação com o potencial fornecedor foi assinada pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, e enviada ao embaixador Yang Wanming. Em cinco pontos, Élcio cita o impacto da variante P.1, defende a vacinação como principal estratégia e faz o pedido de ajuda para o fornecimento de doses.

“A campanha nacional de imunização, contudo, corre risco de ser interrompida por falta de doses, dada a escassez da oferta internacional. Por conta disso, o Ministério da Saúde vem buscando estabelecer contato com novos fornecedores, em especial a Sinopharm, cuja vacina é de comprovada eficácia contra a Covid-19”, disse Élcio Franco, secretário-executivo.

Doses em negociação ou potenciais fornecedores

Atualmente, de acordo com o mais recente cronograma do ministério da Saúde, a lista de fornecedores já fechados ou em negociação é a seguinte:

Vacina de Oxford – Acordo para recebimento de 112 milhões até julho. Entre elas, 4 milhões já foram entregues. Além disso, há previsão de 110 milhões de doses a partir do segundo semestre com produção 100% nacional na Fiocruz.

CoronaVac – Acordo para recebimento de 100 milhões, sendo que 15,5 milhões já foram entregues.

Covax Facility – Acordo para recebimento de 42,5 milhões de doses.

Covaxin –  Acordo para recebimento de 20 milhões de doses

Sputnik – Em negociação para compra de 10 milhões de doses

Pfizer/BioNTech – Em negociação para compra de 100 milhões de doses

Janssen – Em negociação para compra de 38 milhões de doses

Moderna – Em negociação para compra de 13 milhões de doses

Se concretizadas todas as compras anunciadas ou em negociação, o Brasil teria cerca de 545 milhões de doses, o que seria suficiente para 253 milhões de pessoas.

Entretanto, o desafio do Ministério da Saúde é concluir os acordos e garantir que as entregas ocorram o mais breve possível. No cenário internacional, diversos países, incluindo aqueles que integram a União Europeia, enfrentam atrasos nas entregas das doses já negociadas.

 

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