Quarta-feira, 02 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 1 de abril de 2025
Medidas comerciais dos EUA devem ser anunciadas nesta quarta-feira. Na foto, o ministro Fernando Haddad
Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilO governo brasileiro espera ser poupado do tarifaço prometido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que deve ser anunciado nesta quarta-feira (02). O ministro da Economia, Fernando Haddad, informou que causará estranheza caso o Brasil sofra com alguma retaliação comercial.
“Os EUA têm uma posição muito confortável em relação ao Brasil até porque é superavitário tanto em relação aos bens, quanto em relação aos serviços”, disse Haddad, em viagem a Paris, na França, nesta terça-feira (1º).
O comércio bilateral é superavitário para os EUA uma vez que o Brasil importa mais do que exporta para o país norte-americano. Por isso, Haddad considera que não haveria motivos para taxação dos produtos brasileiros.
“Causaria até certa estranheza se o Brasil sofresse algum tipo de retaliação injustificada, uma vez que nós estamos na mesa de negociação desde sempre com aquele país justamente para que a nossa cooperação seja cada vez mais forte”, completou o ministro da Fazenda.
Às vésperas do anúncio de novo tarifaço prometido por Trump, um relatório de órgão ligado ao governo dos EUA fez críticas ao modelo de tarifas que o Brasil impõe as suas importações em setores como etanol, filmes, bebidas alcoólicas, máquinas e equipamentos, carne suína, entre outros.
Nesse contexto, a CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado aprovou, por unanimidade nesta terça, projeto de lei da reciprocidade comercial, que permite ao governo retaliar medidas unilaterais comerciais que prejudiquem a competitividade das exportações do Brasil. O texto agora segue para análise da Câmara dos Deputados.