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Governo buscará justiça para tarifas de energia aos mais pobres em 2024, diz Lula

O presidente argumentou que não é justo que os detentores de maior renda paguem menos pela energia. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nessa segunda-feira (18) que seu governo irá buscar uma solução no início de 2024 para as tarifas de energia pagas pela população mais pobre do País.

O presidente argumentou que não é justo que os detentores de maior renda paguem menos pela energia, enquanto os mais pobres comprometem grande parte de seus ganhos para o pagamento das tarifas.

Lula fez menção a “3 milhões de pessoas mais ricas, 3 milhões de pessoas que são empresários” que contratam energia por meio do mercado livre, com economia de até 30% na conta de luz.

“A pergunta que eu faço é o seguinte: é justo o rico pagar menos do que o pobre? É justo você pagar metade do que você ganha de energia elétrica em um país que produz muita energia?”, disse Lula em discurso durante evento do Minha Casa Minha, Vida no Amapá.

“O governo vai ter que se debruçar no começo do ano e vamos resolver esse negócio da energia, porque o povo pobre e trabalhador não pode continuar pagando a conta dos mais ricos nesse país”, acrescentou.

No evento em Macapá, Lula e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também anunciaram uma medida do governo federal para “resolver o problema” do reajuste de energia no Amapá.

Silveira afirmou que o governo federal vai gastar de forma excepcional 350 milhões de reais e que o “povo do Amapá só pagará a média nacional”, sem entrar em detalhes.

A situação das contas de energia no Amapá já vem sendo discutida pelo governo junto a autoridades amapaenses nas últimas semanas, depois que foi determinado um aumento de mais de 30% das tarifas no Estado.

Na semana passada, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adiou uma decisão sobre o tema em meio à possibilidade de edição de uma medida provisória.

Copa do Povo

No sábado (16), Lula participou da cerimônia de assinatura do contrato para início das obras do empreendimento Copa do Povo, na Rua John Speers, 100, no bairro de Itaquera, em São Paulo (SP). No total, serão investidos R$ 573 milhões na construção de 2,6 mil apartamentos.

“Nós precisamos atender às necessidades do povo brasileiro. O sonho de toda a mãe é ter uma casa. Quem é que não quer ter uma casa?”, disse o presidente no evento. “As casas vão acontecer e no ano que vem, se Deus quiser, eu vou estar aqui outra vez”, completou.

Nascida há nove anos, a ocupação Copa do Povo vai se tornar um conjunto habitacional por meio do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Um termo de compromisso de contratação foi assinado entre a Associação de Moradores do Acampamento Esperança de Um Novo Milênio e a Caixa, para construção e legalização do 1º módulo do empreendimento, com um total de 648 unidades habitacionais.

O ato representou uma vitória coletiva de mais de 2.650 famílias de trabalhadores e trabalhadoras sem-teto que esperam por uma moradia digna desde 2014. “É o momento da simbologia da união em torno daquilo que o Brasil mais precisa, que é construir moradia para o seu povo”, afirmou o presidente da Caixa, Carlos Vieira. As informações são da agência de notícias Reuters e do Palácio do Planalto.

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