Agora não há mais motivo para demora. Com a aprovação do pacote de projetos na Assembleia Legislativa, semana passada, o governo do Estado vai engordar a pasta de documentos que levará a Brasília para negociar o Programa de Ajuste Fiscal. É uma das condições das quais o Ministério da Economia não abre mão para negociar a ajuda financeira ao Estado.
O choro continua
A 3 de fevereiro de 2000, reunidos em Curitiba, 20 governadores decidiram ir a Brasília na semana seguinte. Queriam pressionar o presidente Fernando Henrique Cardoso a rever a Lei Kandir, aumentando os repasses federais aos estados para ressarcir as perdas com a não arrecadação de impostos de produtos exportados.
O chefe da Casa Civil, Pedro Parente, avisou que não perdessem tempo. O dinheiro pretendido inexistia no orçamento.
Onde a pressa é respeitada
Quando houve o anúncio, a 23 de janeiro deste ano, a maioria dos latino-americanos duvidou: em dez dias, a China construiria um hospital para tratamento de infectados pelo coronavirus, com 25 mil metros quadrados e mil leitos. Está pronto.
No Brasil, a burocracia levaria dez dias só para decidir como nomearia uma comissão que se incumbiria da publicação dos primeiros editais.
Dois passos
Para abrir a sessão plenária da Câmara Municipal de Porto Alegre, hoje à tarde, há necessidade da presença de 19 vereadores. Depois, bastarão metade mais um dos votos no plenário para aprovar o projeto de lei que modifica o que está há décadas estabelecido no transporte de ônibus. Entre os governistas, há certeza da aprovação.
Inviável
Motoristas que vêm de municípios próximos têm muitas opções para entrar em Porto Alegre. Cobrar pedágio, como pretende a Prefeitura, seria mais adequado em cidades da Idade Média, protegidas por muros e com dois ou três acessos.
Deixando o ar sisudo de lado
Marqueteiros de vários partidos se encontraram ontem à tarde no café de um shopping de Porto Alegre e começaram a elaborar o Manual Informal dos Candidatos. Algumas orientações:
1) Devem transmitir emoção. Nada de pão com pão. É preciso botar molho na campanha.
2) Não permitir que a discordância sobre a vírgula em um discurso se torne bate-boca. Episódios assim costumam se repetir, aumentando o mal estar.
3) Para adotar a política do insulto contra adversários, precisam estar muito preparados. Respostas a ataques vêm em dose triplicada.
4) Mantenham-se distantes dos remédios sem rótulo da farmácia política.
5) A maioria dos eleitores se cansou do modelo Fusca de modernidade.
6) Se algo vai mal na execução do que foi planejado, lembrem-se do ditado: quando o trem desce a ladeira, não se pode botar mais pressão nas caldeiras.
Perigo fica escondido
As sacolas plásticas acumuladas em trechos do riacho Ipiranga representam apenas uma parte. O resto fica retido, entupindo as redes subterrâneas de esgoto pluvial, depois de serem jogadas pela população nas ruas e carregadas para os bueiros durante as chuvas.
Não adianta aprovar 10 ou 20 leis para proibir o descarte irresponsável. Só uma ampla campanha, envolvendo escolas e assistentes sociais para mudar.
Risco de afogamento no plástico
Levantamento da organização não governamental WWF mostra que o Brasil aparece como o quarto maior gerador de lixo plástico em todo o mundo, com 11 milhões e 300 mil toneladas anuais. Desse total, somente 1,28 por cento passa por algum tipo de reciclagem.
Não espanta, portanto, que as populações de cidades sejam cada vez atingidas por inundações.
Exemplo vem de longe
A China produz 54 milhões de toneladas de lixo plástico por ano, conforme dado da WWF. A partir deste ano, inicia programa de banir o plástico descartável das grandes cidades até 2023.
Conhecem os limites
Para homenagear o ideal olímpico, pequenos partidos lançarão candidatos às eleições de outubro. Acham que importante é competir.