Sexta-feira, 07 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 27 de novembro de 2023
Após a confirmação de sua vitória na eleição, o presidente eleito Javier Milei convidou Bolsonaro para a sua posse.
Foto: ReproduçãoA presidência da República autorizou, na semana passada, que dois assessores deixem o País para acompanhar o ex-presidente Jair Bolsonaro na posse do presidente eleito na Argentina, Javier Milei. Em despacho publicado no Diário Oficial da última quinta-feira (23), permite que os servidores Jossandro da Silva e Estácio Leite da Silva Filho se ausentem do Brasil entre os dias 7 e 11 de dezembro. A posse do argentino ocorre no próximo dia 10.
Os dois funcionários fazem parte do quadro da Secretaria Executiva da Casa Civil e atuam diretamente junto aos ex-chefes do Executivo. Por segurança, ao final do mandato, o então governante passa a ter direito a oito servidores, seis de apoio pessoal, e dois motoristas junto a veículos oficiais da União. Essas despesas são regularizadas pela Lei de 1986 e são custeadas pelo governo federal.
No dia seguinte após a confirmação da eleição de Javier Milei, o presidente eleito convidou Bolsonaro para a sua posse em uma videochamada. Um vídeo foi divulgado nas redes sociais do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) com o convite.
“Aceitamos o convite de Milei e estaremos em Buenos Aires para sua posse”, escreveu o filho do ex-presidente brasileiro no X (antigo Twitter).
O evento também contará com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e dois dos seus filhos: o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro. O ex-secretário de Comunicação do governo federal, Fábio Wajngarten, é outro nome dado como certo. Já o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto também afirmou em suas redes sociais que estará ao lado de Bolsonaro na posse de Milei.
“Recebi agora telefonema de Javier Milei, onde o cumprimentei pela vitória, bem como fui convidado para sua posse”, escreveu o ex-presidente na rede social X. “Hoje a Argentina representa muito para todos aqueles que amam a democracia e respiram liberdade.”
O convite gerou mal-estar entre articuladores de Lula. Diana Mondino, futura chanceler de Milei, se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. A questão é que Milei atacou Lula durante a campanha. Chamou o presidente brasileiro de corrupto, razão pela qual Lula teria sido preso. As relações bilaterais acabaram comprometidas e Mondino foi até a capital federal para tentar aparar as arestas. Na ocasião, Mondino entregou uma carta com um convite pessoal para que o petista esteja na solenidade.
O governo brasileiro ainda não informou oficialmente se o presidente Lula estará em Buenos Aires, isto porque Milei também o acusou de tentar interferir no processo eleitoral argentino, em prol do candidato de esquerda peronista que ficou em segundo lugar na disputa, Sergio Massa.
Mondino entregou carta de Milei endereçada ao presidente Lula. No documento, o presidente eleito da Argentina afirmou desejar um “trabalho frutífero e de construção de laços” entre o seu país e o Brasil.
“Desejo que o tempo em comum como presidentes e chefes de governo seja uma etapa de trabalho frutífero e de construção de laços que consolidem o papel que Argentina e Brasil podem e devem cumprir no acordo das nações”, disse Milei em um trecho da carta.
O presidente eleito da Argentina disse que os dois países “têm muitos desafios” pela frente e que acredita que mudanças, baseadas nos “princípios da liberdade”, posicionarão Argentina e Brasil como “países competitivos”.
A carta termina com Milei dizendo que espera encontrar Lula na sua posse. O presidente eleito da Argentina ainda afirmou: “Receba a minha saudação, com estima e respeito”.