Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 16 de outubro de 2022
O chanceler alemão, Olaf Scholz, defendeu a expansão da União Europeia em direção ao leste, para que o bloco possa exercer mais influência em temas globais. “Uma União Europeia com 27, 30, 36 Estados, com então mais de 500 milhões de cidadãos livres e iguais, pode ter seu peso ainda mais forte no mundo”, disse Scholz no congresso, durante uma reunião do partido social-democrata.
“Estou comprometido com a ampliação da UE. Que a UE continue a crescer em direção ao leste é um ganho para todos nós”, disse Scholz.
A proposta indica uma nova tentativa de expansão do bloco europeu, após se separar do Reino Unido no chamado Brexit e ver movimentos nacionalistas contrários ao grupo.
Desde que assumiu o cargo, em substituição a Angela Merkel, Scholz fez da expansão da União Europeia um grande palanque de sua política externa. Sua ideia é, principalmente, integrar os países dos Bálcãs que ainda não fazem parte da União Europeia.
Mas a proposta ganhou força após a invasão da Rússia à Ucrânia, que se tornou oficialmente candidata a integrar o bloco em junho deste ano.
Formada atualmente por 27 países, a União Europeia prevê espaços de livre circulação de pessoas e mercadorias, uma moeda comum (o euro) e a integração de diversas outras matérias, mas ainda enfrenta gargalos internos como uma política migratória comum.
Na última década, o bloco viu o crescimento de movimentos ultra-nacionalistas dentro de países membros, como a Alemanha, a França, a Itália e a Espanha, que defendem deixar de fazer parte da União Europeia.
Gás natural da França
A operadora de transmissão de gás natural da França, GRTgaz, começou a enviar para a Alemanha pela primeira vez, enquanto Paris procura ajudar seu vizinho a superar a escassez de combustível.
“Em um contexto energético sem precedentes devido à guerra na Ucrânia, a França se solidariza com seu vizinho alemão enviando gás diretamente para a Alemanha”, escreveu a empresa em comunicado na quinta-feira.
A Rússia restringiu o fornecimento de gás para a Europa Ocidental em resposta a pesadas sanções sobre sua guerra na Ucrânia.
A empresa disse que fez ajustes no projeto dos pontos de conexão inicialmente projetados para enviar gás da Alemanha para a França.
“Foram comercializados os primeiros fluxos físicos de gás odorizado de 31 GWh/d. O nível dessa capacidade, avaliada a cada dia segundo as condições da rede, será de no máximo 100 GWh/d”, indicou a empresa.