Sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 6 de dezembro de 2023
O presidente da Guiana, Irfaan Ali, afirmou esperar que o Brasil seja um líder na manutenção da paz na América do Sul.
Foto: ReproduçãoO governo da Guiana formalizou um pedido de reunião ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir a situação na região de Essequibo. A solicitação foi feita pela representação do país junto às Nações Unidas e agora será analisada pelo Equador, país que ocupa a presidência rotativa do conselho em dezembro.
Logo, cabe ao Equador marcar uma data para que os quinze países-membros se reúnam. Normalmente, esses pedidos costumam ser atendidos em questão de dias. Uma das principais funções do Conselho de Segurança é justamente se reunir em caso de urgência. Por isso, o órgão pode ser acionado a qualquer hora e em qualquer dia da semana.
Na reunião, os países-membros devem ouvir mais sobre a situação na região e, a partir disso, discutir quais medidas podem ser tomadas. Os representantes podem propor resoluções ou comunicados conjuntos que atuam como uma forma de pressão internacional sobre os líderes dos países.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, divulgou o “novo mapa” do país com a incorporação da região de Essequibo, na Guiana. Ele determinou que o mapa seja publicado e levado para escolas e universidades.
Na terça-feira (5), Maduro propôs à Assembleia Nacional da Venezuela a criação de uma lei para a criação da província “Guiana Esequiba”, anexando o território que pertence à Guiana.
“Imediatamente, ordenei publicar e levar a todas as escolas, colégios, Conselhos Comunitários, estabelecimentos públicos, universidades e em todos os lares do país o novo mapa da Venezuela com a nossa Guiana Esequiba. Esse é o nosso querido mapa”, publicou Maduro nas redes sociais. A nova versão do mapa também já foi incluída em artes que ilustram órgãos governamentais da Venezuela.
Em entrevista para a Globo News, o presidente da Guiana, Irfaan Ali, afirmou esperar que o Brasil seja um líder na manutenção da paz na América do Sul.
“Nós esperamos que o Brasil tenha um papel de liderança, um papel significativo em garantir que essa região se mantenha… O que a Guiana quer, a única ambição da Guiana é que essa região se mantenha uma região de paz e estabilidade, onde todos nós podemos coexistir em harmonia”, disse Ali.
O chefe da Guiana salienta sentir apoio do Brasil ao país e classifica a resposta do governo brasileiro ao impasse como “muito madura”. No último final de semana o presidente Lula disse esperar que ambos os lados tenham “bom senso”.
“Como você sabe, antes do referendo eu tive uma ligação com o presidente Lula. O presidente Lula e o governo brasileiro mandaram uma equipe de enviados para a Venezuela para conversar com o presidente Maduro. Nós vemos o governo brasileiro tomando medidas para garantir seu território”.