Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 7 de dezembro de 2020
A vacina ainda está na terceira fase de teste, em que a eficácia precisa ser comprovada antes de ser liberada pela Anvisa
Foto: Rodrigo Nunes/MSO governo de São Paulo anuncia nesta segunda-feira (07) o plano estadual de vacinação da CoronaVac. Produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, a previsão do governo paulista é a de que ela possa começar a ser aplicada na população em janeiro de 2021.
A vacina ainda está na terceira fase de teste, em que a eficácia precisa ser comprovada antes de ser liberada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O envase da matéria-prima recebida na semana passada começa a ser feito nesta segunda.
Na semana passada, o governo estadual afirmou que o relatório final deve ser enviado ao órgão ainda em dezembro e que não deve ser necessário solicitar o uso emergencial da vacina.
Em coletiva de imprensa na última quinta-feira (03), o governador criticou o anúncio feito pelo governo federal de que o calendário de vacinação nacional deve começar em março de 2021. A CoronaVac ainda não foi incluída no plano do Ministério da Saúde.
Segundo Doria, a vacinação em São Paulo será realizada mesmo sem investimento do governo federal. “Na segunda-feira vamos apresentar o programa estadual de imunização completo, com cronograma, com setores que são priorizados, volume de vacinas, logística. Todos os processos serão apresentados.”
Público alvo
Ainda durante a coletiva, o coordenador do Centro de Contingência para Covid-19, José Medina, disse que o plano deve começar pelos profissionais de saúde e pessoas acima dos 50 anos. A campanha tende a ser similar a da gripe, que é realizada anualmente em todo o País.
“Quem tem entre 50, 60 anos, a letalidade é de 3%. E ela é gradativamente subindo quem tem mais de 80 anos, até 80, 89 é de 32% e mais de 90 anos, é de 39%. E esse é o principal critério para a utilização da vacinação. Talvez o principal critério a ser utilizado é a vacinação das pessoas acima de 50 anos. São as pessoas quem têm mais risco, são as pessoas que saturam o sistema de saúde. Além disso, a vacinação dessas pessoas quebra o círculo de circulação do vírus”, disse Medina.