Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 23 de dezembro de 2020
Vacina é desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac
Foto: Governo de São Paulo/DivulgaçãoO governo de São Paulo afirmou nesta quarta-feira (23) que a CoronaVac é eficaz, mas adiou novamente a divulgação dos dados sobre a eficácia da vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
De acordo com o diretor do Butantan, Dimas Covas, além de comprovar que a vacina é segura, o que já havia sido demonstrado nas fases anteriores, o estudo de fase 3 mostrou que o imunizante é eficaz.
“Recebemos também os dados de eficácia. Nós atingimos o limiar da eficácia que permite o processo de solicitação de uso emergencial, seja aqui no Brasil, seja na China”, disse Covas durante uma entrevista coletiva.
Segundo ele, a divulgação dos dados foi adiada devido a uma cláusula existente no contrato assinado entre a Sinovac e o governo de São Paulo. “Temos um contrato com a Sinovac que especifica que o anúncio deste número precisa ser feito em conjunto, no mesmo momento. Então, ontem mesmo apresentamos esses números à nossa parceria que, no entanto, solicitou que não houvesse a divulgação do número pelo motivo que eles necessitam analisar cada um dos casos para poder aplicar esses casos à agência NMPA, que é a Anvisa da China”, afirmou.
A previsão inicial era de que os dados sobre a eficácia do imunizante fossem apresentados no dia 15 deste mês. No entanto, o governo adiou a divulgação para esta quarta-feira. Também estava previsto para esta quarta o envio dos dados de eficácia à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Segundo Covas, o envio dos resultados à Anvisa vai ocorrer apenas após a Sinovac analisar os resultados enviados pelo Butantan. “Essa base de dados [de resultados da fase 3] foi transferida na manhã de hoje para que eles [Sinovac] possam proceder à essa análise o mais rapidamente possível e aí apresentar os dados, não só à NMPA, mas para que nós possamos apresentar esses dados também à nossa Anvisa”, disse o diretor do Butantan.
No dia 9 de dezembro, o Instituto Butantan começou o processo de envase da vacina a partir da matéria-prima importada da China.