Ícone do site Jornal O Sul

Governo decide amparar a todos

Trump se desentendeu com governadores sobre quem tem a autoridade máxima para exigir uma reabertura da economia dos Estados. (Foto: Tia Dufour/The White House)

O orçamento federal, aprovado pelo Congresso Nacional no final do ano passado, previa déficit de 70 bilhões reais para 2020. Com a pandemia, a estimativa é de que o valor vai se multiplicar por, no mínimo, seis vezes, com o denominado orçamento de guerra, aprovado ontem na Câmara dos Deputados. A medida cria o regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações para o enfrentamento da crise.

Sem dinheiro em caixa, o governo recorrerá a novos financiamentos e à emissão de títulos públicos, respondendo rapidamente e atendendo sobretudo a população mais pobre.

Não há no país quem possa ser acusado de omissão. Pisar no freio, a esta altura, significaria perder a trajetória da curva.

Prestando contas

Não há lembrança de uma entrevista tão longa como a de ontem: das 15h30min às 20h, no Palácio do Planalto, ministros e assessores se sucederam para dar todos os esclarecimentos sobre a crise.

Choque dispensável

Ao mesmo tempo, o Brasil é o único país em que, no meio da tempestade do coronavírus, o presidente e o ministro da Saúde estão em rota de colisão. Enquanto não houver alinhamento, persistirão dúvidas na população.

Trem saiu dos trilhos

O presidente não tem autoridade sobre o ministro? O chefe deve reclamar do subordinado em público? Quando há descontentamento interno, não cabe ao superior demitir?

Temperatura sobe

A resposta de Mandetta foi emblemática: “Não comento o que o presidente da República fala. Ele tem mandato popular e quem tem mandato popular fala. Quem não tem, como eu, trabalha.”

O ministro sabe que está mapeado para cair, depois de superada a pandemia.

São heróis

Médicos, epidemiologistas, geneticistas, farmacêuticos, dentistas, enfermeiros e estatísticos, entre muitas outras categorias profissionais, dão ao mundo exemplos de coragem e dedicação.

Causa

A inglesa Anne Rooney é autora do livro “A história da Medicina: das primeiras curas aos milagres da Medicina moderna”. Refere-se aos ancestrais que viviam na terra ainda pouco habitada. Após vários relatos, salta para a era moderna: “A doença contagiosa e epidêmica é, em grande parte, produto da urbanização, quando as pessoas vivem em grande número e próximas o bastante para tornar a transmissão entre elas um meio efetivo de disseminação de uma doença”.

Efeitos

Além da perda de vidas com a pandemia, o Rio Grande do Sul enfrentará a redução nas exportações e queda nos preços de commodities. Avaliação do Ministério da Economia. A esse quadro acrescenta-se a forte seca.

Gostam de complicar

A palavra da moda em Brasília é shutdown. Por que não dizer fechamento ou encerramento para se referir ao que pode acontecer com as atividades econômicas do país? Lembra projeto protocolado em 1999 pelo deputado federal Aldo Rebelo para abolir os estrangeirismos. A intenção era manifestar resistência, defesa e valorização da língua portuguesa. Não foi aprovado.

Balanço

O site do governo do Estado, no item Transparência, traz informações da Contadoria e Auditoria-Geral, mostrando o que ocorreu desde 1º de janeiro deste ano. As receitas, até o dia 1º deste mês, foram de 14 bilhões e 529 milhões de reais. Os gastos atingiram 16 bilhões e 584 milhões.

Um pouco enigmáticos

Sem saída e tentando explicar a crise, economistas adotam a frase: o desequilíbrio agora é o equilíbrio.

Menos tensa

A Câmara Municipal de Porto Alegre voltará a se reunir em sessão plenária na segunda-feira. A única certeza é de que a temperatura, sempre alta, vai baixar muito. Cada vereador estará em sua casa, utilizando um programa de computador com imagem e som para se comunicar. Não pretendem assustar os familiares.

Perdendo o bom senso

Donald Trump acusa o Irã de planejar ataque surpresa às tropas dos Estados Unidos no Iraque.

Caso se concretize, não ficará dúvida: deu a louca no mundo.

É o caminho

Antiga lição: na Política, o diálogo constitui-se, em si mesmo, renúncia à agressividade.

Sair da versão mobile