O CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) decidiu nesta quinta-feira (9) que não vai autorizar o funcionamento de térmelétricas mais caras na semana que vai de 11 a 17 de novembro.
Na semana passada, o CMSE havia decidido manter térmicas mais caras ligadas durante a semana de 4 a 10 de novembro para ajudar a poupar água dos reservatórios das hidrelétricas.
Com a decisão desta quinta, só serão ligadas, na próxima semana, as térmicas que têm custo igual ou inferior ao de geração de energia. Esse custo é calculado com base nas previsões de chuvas.
Em nota, o Ministério de Minas e Energia informou que a medida se deve ao fato de ter sido observada nos últimos dias a entrada significativa de água em parte dos reservatórios e nas bacias da região Sul.
Apesar disso, destacou o CMSE, a previsão para as próximas semanas é de as chuvas fiquem abaixo da média nas bacias com os maiores reservatórios.
Segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), para os próximos 15 e 30 dias, a previsão é de chuva em volumes próximos ou levemente inferiores à média histórica na região central do Brasil, onde está a maior parte das usinas hidrelétricas do País.
O ONS destacou que houve uma melhora no armazenamento dos reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste no período, o que elevou a expectativa de armazenamento, após um mês de outubro de armazenamento prejudicado.
Termelétricas
O uso de térmicas mais caras encarece as contas de luz no País. Isso porque o custo de geração de energia sobe conforme se usam mais usinas termelétricas. Esse custo extra é cobrado pela taxa extra das bandeiras tarifárias.
Os reservatórios têm registrado quedas consecutivas desde maio de 2017, quando estavam em 43,32%. Em setembro, eles estavam em 24,21%, fechando outubro em 17,71%.
O ministério havia informado no último dia 3 que o custo de geração de energia no País havia baixou “acentuadamente” no início deste mês de novembro devido à volta das chuvas mas que, apesar disso, manteria termelétricas mais caras em funcionamento por que isso ainda não havia se refletido em melhora no nível dos reservatórios das hidrelétricas.
Na prática, a decisão significou o início do despacho fora da ordem de mérito, ou seja, o governo eventualmente manterá térmicas mais caras ligadas para preservar os reservatórios das usinas hidrelétricas, até que elas estejam em um nível considerado satisfatório para que sejam acionadas.