Sábado, 18 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de agosto de 2015
A presidenta Dilma Rousseff afirmou na segunda-feira que o governo errou ao só perceber que a crise econômica era muito maior do que se esperava entre os meses de novembro e dezembro do ano passado, depois que já havia sido reeleita. Dilma disse que a reforma administrativa anunciada pelo Palácio do Planalto vai cortar, além de dez ministérios, 1 mil dos cerca de 22,5 mil cargos de confiança.
A presidenta reconheceu, em entrevista a três veículos da imprensa, que as mudanças trarão alguma dificuldade política, mas afirmou que é necessário fazê-las. Ninguém, porém, será preservado dos cortes, nem mesmo seu partido, o PT. “Vamos passar todos os ministérios a limpo”, disse.
Dilma fez um forte desagravo a dois de seus principais aliados políticos: o vice-presidente da República Michel Temer, que devolveu parte da articulação política, e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Questionada sobre a frase dada pelo vice de que era preciso “alguém” para reunificar o País, a petista afirmou haver muita “intriga” no ar. “Não acho que o Temer falou com a intenção que atribuíram a ele. Ele é de extrema lealdade comigo”, defendeu.
Sobre Lula, disse não achar “correto atitudes de tentar diminuí-lo”, de tentar “envolvê-lo”. “Passam de todos os limites”, disse ela, referindo-se à bomba lançada contra o Instituto Lula e ao boneco inflável do presidente usado nas manifestações de 16 de agosto com roupa de presidiário. Para a petista, atos de intolerância são inadmissíveis e “fascistas”.
Dilma se disse chocada com rumores espalhados no mercado financeiro de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, estaria de saída do cargo, por ter viajado para os EUA sem compromissos oficiais. “Isso é mentira. Ele foi ver a menina [filha] dele que vai morar na China.”