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Política Governo devolve ministro da Agricultura ao Senado para reforçar base de apoio a Lula em votações

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Se houver votações até este sábado (21), Fávaro retornará ao cargo de ministro apenas na segunda-feira (23). (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O governo vai tentar reforçar sua base no Senado para aprovar sem sustos as medidas do pacote fiscal e o orçamento de 2025 até o fim desta semana. Na noite de quarta-feira (18), o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), foi exonerado do cargo para voltar ao Senado e votar com o governo. Ele é senador por Mato Grosso.

A exoneração foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União”. A reportagem do jornal Valor apurou que o retorno ao Senado foi solicitado pelo governo.

Se houver votações até este sábado (21), possibilidade comentada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Fávaro retornará ao cargo de ministro apenas na segunda-feira (23).

Por reassumir a vaga no Senado, Fávaro não esteve como ministro na cerimônia de lançamento da Plataforma AgroBrasil+Sustentável, uma ferramenta de integração de dados para comprovação de boas práticas da produção agropecuária nacional, uma das principais bandeiras do seu ministério.

A sessão para votação do projeto de Lei Orçamentária Anual de 2025, que estava prevista para essa quinta-feira (19), foi cancelada. Isso porque não foi concluída a votação do pacote fiscal, com medidas para corte de gastos.

A Câmara dos Deputados concluiu a votação de apenas uma das três propostas do pacto. Na quarta, foi aprovado o projeto de lei complementar 210/2024. O texto final já foi enviado ao Senado.

Houve ainda a apresentação do parecer ao projeto de lei 4.614/2024 e tentativa de votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) 45/2024, mas a matéria não teve votos suficientes e a sessão foi encerrada.

Fim do DPVAT

O Senado aprovou um dos três projetos do pacote de corte de gastos do governo federal para equilibrar as contas públicas. O texto segue para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A proposta, aprovada por 72 votos a favor e 1 contra, cria “gatilhos” para conter o crescimento de benefícios fiscais e gastos com pessoal em caso de resultado negativo nas contas públicas.

Além disso, a aprovação significa que o Congresso revogou a recriação do DPVAT — agora batizado de Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidente de Trânsito (SPVAT).

O texto também autoriza o congelamento de até 15% do montante destinado a emendas parlamentares não impositivas, cujo pagamento não é obrigatório — e abre caminho para que o governo use saldos de fundos nacionais para abater a dívida pública.

Além deste projeto, outras três propostas foram encaminhadas pelo Ministério da Fazenda ao Congresso como parte de um esforço para equilibrar as contas públicas. Com a totalidade das medidas, o Planalto projeta economizar R$ 375 bilhões até 2030.

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