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Por Redação O Sul | 13 de julho de 2020
Eduardo Leite divulgou mapa definitivo desta semana. (Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini)
Foto: Gustavo Mansur/Palácio PiratiniO governador Eduardo Leite apresentou, nesta segunda-feira (13), o mapa definitivo do distanciamento controlado desta semana, após a divulgação do mapa preliminar, na sexta-feira (10), e os 63 recursos encaminhados durante o final de semana pelos municípios e regiões. As medidas passam a vigorar nesta terça-feira (14).
Regiões e bandeiras
Após a revisão do governo, cinco regiões retornaram para a bandeira laranja: Santo Ângelo, Cruz Alta, Santa Rosa, Erechim e Santa Cruz do Sul. Assim, cai de 15 para 10 o número de regiões do Estado na bandeira vermelha, que somam 286 municípios, o que corresponde a 73% da população gaúcha (8.270.737 habitantes).
Dessas 286 cidades, 149 não tiveram registro de hospitalização e óbito por Covid-19 de morador nos 14 dias anteriores ao levantamento – equivalente a 8,4% da população gaúcha (948.002 habitantes).
As regiões de Cachoeira do Sul, Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Palmeira das Missões, Passo Fundo e Taquara tiveram os pedidos de reconsideração indeferidos por apresentarem um quadro mais grave nos indicadores de propagação de coronavírus e capacidade de atendimento em saúde. Com isso, ficarão com bandeira vermelha nesta rodada. Porto Alegre, Canoas, Capão da Canoa e Pelotas, já haviam sido classificadas com alto risco na semana anterior e não poderiam ter regressão na bandeira.
O município de Pelotas encaminhou pedido para uma reavaliação desse critério e teve o recurso acolhido. Assim, a região que apresentar melhorias consistentes poderá ter a reconsideração da trava de segurança, em casos especiais, sem a necessidade de permanecer automaticamente na cor vermelha. A alteração valerá a partir da próxima semana.
O governador também anunciou uma mudança no protocolo, permitindo o formato take away e drive-thru para comércio não essencial, além do e-commerce, na bandeira vermelha.
Lockdown
Ao responder questionamentos da imprensa, o governador ainda falou sobre a possibilidade de o RS adotar lockdown, algo que vem sendo requisitado e rejeitado por diferentes setores, por diferentes motivos.
“Só partimos para medidas mais restritivas à circulação de pessoas quando isso se apresentar como inevitável, mas não deixamos ou deixaremos de tomá-las quando se fizerem necessárias”, afirmou Leite.
Leitos e respiradores
Além dos 270 respiradores já enviados em junho, o Ministério da Saúde enviou mais 103 aparelhos para o Estado. No total, são 50 respiradores beira-leito e outros 53 de transporte (para o deslocamento de pacientes).
Durante a live, Eduardo Leite apresentou os dados do Estado, em especial quanto à ocupação de leitos de UTI (unidades de terapia intensiva) do SUS (Sistema Único de Saúde). Conforme o governador, foi possível habilitar 73 novos leitos em diferentes municípios, 75% a mais que no início da pandemia, em março, quando eram 933 leitos. Agora, são 1.630.
“Se não fossem esses novos leitos, a ocupação já estaria em 100%. Atualmente está em 73,3%”, relatou. Ainda de acordo com Leite, o governo trabalha para acrescentar outros 279 unidades.
Nesta segunda-feira, segundo a SES (Secretaria Estadual da Saúde), o Rio Grande do Sul teve 458 novos casos da Covid-19 registrados e mais 33 óbitos confirmados, ocorridos entre dos dias 22 de junho e esta segunda-feira. O total de casos confirmados é de 39.656. O somatório de óbitos chegou a 995. O número de recuperados é de 33.330 (84% dos casos).
Internações
Eduardo Leite também falou no crescimento e diminuição das internações. A variação era de 31,78% na semana retrasada, de 37,06% na semana anterior e de 13,09% na última semana.
Como ponto positivo, o governador também destacou que o Estado tem a menor taxa de casos a cada 100 mil habitantes entre as unidades da federação.
Seguro-desemprego
Eduardo Leite falou sobre a repercussão econômica da crise da pandemia e dos reflexos no seguro-desemprego. Comparado a junho de 2019, houve um aumento de 25% nos pedidos. Já em junho de 2020 houve diminuição de 37% em relação ao mês anterior, e o número também é 28% inferior ao verificado no País.
Repasses
O governador comentou o recebimento, nesta segunda-feira (13), da segunda parcela do auxílio emergencial do governo federal , no valor de R$ 544,3 milhões.
Conforme Leite, a maior parte “não é um dinheiro ‘novo’, mas para manutenção de serviços”, e parte tem destino exclusivo. Do total, R$ 487,5 milhões são para uso livre, para amenizar os impactos da arrecadação. E R$ 56,8 milhões têm como destino exclusivo as ações de saúde e assistência social para combater a pandemia de Covid-19.
Os recursos são do Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus, que vai direcionar R$ 60 bilhões para amenizar os impactos do coronavírus em Estados e municípios.
A primeira parcela foi paga pelo Tesouro Nacional em 9 de junho. A terceira deve ingressar no caixa do Estado no dia 12 de agosto e a última parcela, em 11 de setembro.
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