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Por Redação O Sul | 12 de fevereiro de 2017
A Secretária de Segurança Pública do Espírito Santo informou no começo da noite deste domingo (12) que 1.236 policiais militares atenderam ao chamado operacional para voltar às ruas do Estado. Divididos em dois turnos de oito horas, além do efetivo a pé, o policiamento contou com 59 viaturas durante o dia.
Isso representaria pouco mais de 12% do efetivo total de policiais no Espírito Santo, de 10 mil homens. Com ajuda do governo federal, o policiamento, principalmente na Grande Vitória, tem o apoio de cerca de 3 mil soldados das Forças Armadas e agentes da Força Nacional de Segurança. Segundo o ministro da Defesa, o Exército permanecerá nas ruas até quando for preciso.
Após encontro com o presidente Michel Temer, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que a polícia aos poucos retorna ao serviço, principalmente nas cidades do interior do Estado. Segundo ele, a ordem e a segurança pública se encontram recuperadas. Participaram da reunião em Brasília (DF) também os ministros do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, e o interino da Justiça, José Levi Mello do Amaral Júnior.
Nesta segunda (13), as escolas e o comércio devem voltar a funcionar, segundo Jungmann. Embora alguns policiais tenham voltado ao trabalho entre o fim da tarde de sábado e este domingo, o Espírito Santo completa nove dias de greve.
Sobre as negociações para o término da greve, o ministro disse que esta é uma atribuição do Estado, que segue em andamento.
Segundo governador em exercício do Espírito Santo, César Colnago, as tropas federais e os policiais que voltaram a trabalhar atuarão, na segunda-feira, em garagens e terminais rodoviários para garantir o funcionamento do transporte público.
Segundo o Sindipol (Sindicato dos Policiais Civis), chega a 144 o número de assassinatos no Estado. O total de vítimas já superou o registrado durante todo o mês de fevereiro do ano passado (122), ainda conforme o Sindipol.
Desde o dia 4, parentes de policiais militares do Espírito Santo montaram acampamento em frente a batalhões da corporação em todo o Estado. Eles reivindicavam melhores salários e condições de trabalho para os profissionais.
Na segunda-feira (6), o movimento foi considerado ilegal pela Justiça do Espírito Santo porque ele caracteriza uma tentativa de greve, o que é proibido pela Constituição para militares.